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Chegou a hora do Coliseu
Berta Cabral afirmou ontem à noite que “a maior sala de espectáculos dos Açores, cheia de história e de histórias, feitas de emoções e de tensões, reabre com a certeza de que, daqui para a frente, nada será como dantes”.
CHEGOU A HORA DO COLISEU
Berta Cabral afirmou ontem à noite que “a maior sala de espectáculos dos Açores, cheia de história e de histórias, feitas de emoções e de tensões, reabre com a certeza de que, daqui para a frente, nada será como dantes”.
No discurso inaugural da Gala de Reabertura do Coliseu Micaelense, a Presidente da Câmara Municipal, que em três anos concluiu o processo de aquisição e recuperação do imóvel, não escondeu a emoção de “finalmente devolver o coliseu aos açorianos e aos cidadãos de Ponta Delgada em particular”, sublinhando que o Coliseu “é a jóia de uma coroa recheada de pedras preciosas, mas onde há uma que, por ser diamante, brilha mais”.
Berta Cabral manifestou-se encantada e comovida por, 88 anos depois, a cidade de Ponta Delgada voltar a fazer história, “honrando a memória de todos quantos num qualquer dia do ano de 1913 se lembraram de pôr mãos à obra e, com todo o engenho e arte que possuíam, ergueram esta magnifica casa de espectáculos, a segunda a ser construída em todo o país”. As suas primeiras palavras de homenagem foram, por isso, para os fundadores antepassados do Coliseu Micaelense, na certeza de que “o seu entusiasmo, a sua determinação, a sua vontade de fazer mais e melhor pela sua terra foi entendida no século XXI”, com a reabertura de um novo Coliseu em Janeiro de 2005.
De seguida, a autarca elogiou a mesmo boa vontade daqueles que fizeram “renascer este nosso Coliseu, devolvendo-lhe a dignidade perdida e ignorada durante longos e penosos anos”. Um agradecimento publico que deixou, comovido, a todos os que a acompanharam no “sonho de reerguer o nosso Coliseu”, desde os antigos accionistas, os arquitectos, projectistas, engenheiros, encarregados, electricistas, carpinteiros, operários e funcionários da câmara. Na ocasião, sublinhou que a decisão de recuperar o edifício do Coliseu foi “um acto de justiça e um desafio imensamente gratificante mas foi também, um acto de coragem, assumido de forma partilhada com a minha incansável equipa camarária”.
Num discurso em que manifestou sempre a satisfação do dever cumprido, Berta Cabral disse que a recuperação do Coliseu constituiu um acto de amor, de progresso e desenvolvimento de Ponta Delgada e da ilha de São Miguel. A autarca assumiu que esta obra foi a sua “ambição maior e mais emblemática de todas do seu compromisso com Ponta Delgada”. Um projecto que “renasce das cinzas” – disse – num equilíbrio perfeito entre o passado e o presente, onde prevaleceu a preocupação de manter os traços arquitectónicos, de melhorar a segurança do edifício, de aumentar a sua funcionalidade técnica e de o dotar de todas as condições tecnológicas necessárias para continuar a ser um edifício histórico, mas repleto de modernidade e preparado para os dias que hão de vir.
A autarca terminou o seu discurso parabenizando Ponta Delgada com uma citação de Emanuel Félix: “uma pedra amada por um homem não é uma pedra, mas uma pedra amada por um homem”. Acrescentando, assim, que, no caso do Coliseu Micaelense, “estas são as pedras que nós amamos”.