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Rui Couceiro agraciado com o Prémio Literário Manuel de Boaventura

Autor foi distinguido pela sua obra de estreia, Baiôa sem data para morrer. 

A quarta edição do Prémio Literário Manuel de Boaventura da Câmara Municipal de Esposende foi atribuída ex-aequo a Baiôa sem data para morrer, de Rui Couceiro, e a Tudo pode ser roubado, de Giovana Madalosso.

O livro que assinalou a estreia literária de Rui Couceiro, publicado pela Porto Editora em 2022, foi reconhecido entre os 220 romances e contos em língua portuguesa submetidos a concurso e o júri, constituído por Sérgio Guimarães de Sousa (Universidade do Minho), Anabela Dinis Branco de Oliveira (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e Maria Luísa Leite da Silva (Município de Esposende), considerou-o "exemplar no confronto de gerações e de espaços – Lisboa e Alentejo – por via de uma escrita intensa e muito criativa que percorre as andanças e os mistérios da morte e a preservação da arquitetura nos relacionamentos interpessoais.

A entrega do Prémio, instituído e patrocinado pela Câmara Municipal de Esposende, ocorrerá em data a anunciar.

SOBRE O LIVRO
 
Baiôa sem data para morrer
Quando um jovem professor decide aceitar a mão que o destino lhe estende, longe está de imaginar que, desse momento em diante, de mero espectador passará a narrador e personagem da sua própria vida. Na aldeia dos avós, no Alentejo mais profundo, Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recuperar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e assim reabilitar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha reclamar. Eis, pois, o pretexto ideal para uma pausa no ensino e o sossegar de um quotidiano apressado imposto pela modernidade. Mas, em Gorda-e-Feia, a morte insiste em sair à rua, e a pacatez por que o jovem professor ansiava torna-se um tempo à míngua, enquanto, juntamente com Baiôa, tenta lutar contra a desertificação de um mundo condenado. Num romance que tanto tem de poético como de irónico, repleto de personagens memoráveis e de exuberância imaginativa, e construído como uma teia que se adensa ao ritmo da leitura, Rui Couceiro põe frente a frente dois mundos antagónicos, o urbano e o rural, e duas gerações que se encontram a meio caminho, sobre o pó que ali se tinge de vermelho, o mais novo à espera, o mais velho sem data para morrer.

Título: Baiôa sem data para morrer
Autor: Rui Couceiro
Páginas: 448
PVP: 19,90€

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Rui Couceiro
Nasceu no Porto em 1984. É licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e tem uma pós-graduação em Estudos Culturais. Orgulha-se de ter crescido de joelhos esfolados, em Espinho. Foi campeão nacional de voleibol em todos os escalões de formação e considera que o desporto foi a sua principal escola. Durante a adolescência, decidiu que queria ser jornalista e, aos quinze, começou um percurso de oito anos numa rádio local. Estagiou na SIC e foi correspondente da LUSA, até perceber, em 2006, que afinal não queria o jornalismo, mas sim apostar noutra paixão – os livros. Foi assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora durante dez anos, até que, em 2016, assumiu funções de editor na Bertrand, tendo desde então a seu cargo a chancela Contraponto. Nos últimos anos, reatou colaborações com a comunicação social: primeiro, partilhou com a escritora Filipa Martins a autoria e apresentação do programa «A Biblioteca de», na rádio Renascença; atualmente, escreve para o site da revista Visão. É, desde 2021, membro do Conselho Cultural da Fundação Eça de Queiroz. Abandonou uma tese de doutoramento em Estudos Culturais, para escrever este romance. 
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