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Culturgest mostra coleção e estreia teatro, música e dança quando faz 30 anos

A Culturgest completa 30 anos no início da nova temporada, que inclui estreias nacionais de música, teatro e dança, e a abertura de exposições, em Lisboa, dedicadas à sua coleção e a Alberto Carneiro, que ficam abertas até janeiro.

© António Cotrim/LUSA 2019

A nova temporada, que a Culturgest anunciou, prevê a estreia portuguesa dos mais recentes espetáculos de dança de Jan Martens, Milo Rau e Nadia Beugré, assim como do teatro documental da companhia Hotel Europa, e das mais recentes criações da artista polaca Agnieszka Polska, no contexto da BoCA - Bienal of Contemporary Art, e dos atores Albano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu.

Na lista estão ainda novos trabalhos dos músicos Luís Severo e Joana Sá, numa série de concertos que também inclui nomes como Alessandro Cortini e Nivhek (conhecida como Grouper).

A celebração do aniversário da Culturgest, que abriu portas em 11 de outubro de 1993, acontece com dois concertos do saxofonista Ricardo Toscano, um em trio, outro com uma secção de instrumentos de corda.

Uma mostra dedicada a edições do escultor Alberto Carneiro (1937-2017) é a primeira do espaço expositivo que a Culturgest inaugura em outubro, no local da antiga livraria. Na mesma altura, a coleção de arte da Caixa Geral de Depósitos (CGD), centrada na expressão moderna e contemporânea, passa a ocupar galerias do edifício-sede, em Lisboa. As duas exposições ficam patentes até janeiro de 2024.

A Humanity Summit (Cimeira da Humanidade, em tradução livre) entra igualmente nos planos da fundação da CGD para a criação atual.

Marcada para de 19 a 21 de setembro, em Lisboa, como indica a página do encontro na Internet, "reúne defensores dos direitos humanos, chefes de Estado, políticos, agentes de mudança".

Siyabulela Mandela, bisneto de Nelson Mandela, ligado à organização Jornalistas pelos Direitos Humanos da África Austral e Oriental, a produtora Vanessa Ford, que acompanha a diáspora de crianças africanas, Mylene Ramos Seidl, jurista, consultora em Direito do Trabalho Diversidade e Inclusão, Graça Fonseca, antiga ministra portuguesa da Cultura, cofundadora da agência Because Impacts, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, são alguns dos nomes anunciados pelo 'site' da cimeira.

A Humanity Summit apresenta-se como "iniciativa colaborativa", e reúne entidades tão distintas como The Imperial College, Universidade do Algarve e Município de Faro, Afrolink, Google e Nega Films, Fundação EDP, RTP e Forbes, além da Culturgest, como se lê na sua página.

Encontros com os filósofos Paul B. Preciado, no âmbito da BoCA, e Elisa Aaltola estão ainda na programação da Culturgest, assim como o ciclo de conferências "Lugares, Proximidades e Território e Aqui, no Universo", a decorrer em novembro e dezembro.

A estes junta-se a iniciativa "Histórias Comuns/Common Stories", em colaboração com o festival Alkantara e a Maison de la Culture de Seine-Saint-Denis, em Paris, "num projeto a três anos", que envolve "outras entidades", "em torno da diversidade nas artes cénicas".

De janeiro a abril de 2024, o ciclo "Aqui, no Universo", que conta com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, vai "reunir investigadores e pensadores num diálogo que une a cultura científica às preocupações humanas e às perturbações de origem humana".


Fonte: LUSA | 11 de julho de 2023

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