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Rota de Transumância certificada como itinerário cultural da Europa
O Conselho Europeu certificou a Rota de Transumância e Caminhos Rurais enquanto Itinerário Cultural Europeu, anunciou hoje a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
A decisão do Conselho Europeu foi tomada em maio, durante uma reunião realizada no Luxemburgo. “Presente em Portugal através do itinerário Campanhas de Idanha, esta rota [internacional] constitui um património cultural comum da Europa ao unir os países do norte e do sul desde as suas primeiras formas de vida civilizada”.
No seu espaço da internet, a DGPC afirma que “a prática da transumância desempenhou um papel essencial na formação da cultura europeia, dando origem a um património material e imaterial que configura uma paisagem cultural de pastagens e prados minuciosamente cuidados pelo homem, em harmonia com a natureza, há milhares de anos”.
Em Portugal, a Associação Internacional Rotas de Transumância e Caminhos Rurais é representada pela empresa intermunicipal Naturtejo, que reúne sete municípios: Castelo Branco, onde tem sede, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
A Rota de Transumância e Caminhos Rurais, agora certificada, tem como objetivo “valorizar os caminhos rurais e as vias históricas por onde passou a transumância de gados, sobretudo ovino”, que em Portugal se fazia desde a Serra da Estrela, na direção da raia, em Idanha-a-Nova, e na direção do Alentejo, cruzando os concelhos de Castelo Branco, Vila Velha de Ródão e Nisa.
Na mesma reunião, o Conselho da Europa renovou a certificação de mais 13 itinerários culturais europeus, cinco dos quais estão igualmente representados em Portugal: a Rota Transromânica, a Rota Europeia do Património Judaico, a Rota do Imperador Carlos V, o Destination Napoleon e a Rota Europeia do Património Industrial.
Para serem certificados como rotas culturais pelo Conselho da Europa, os itinerários propostos devem satisfazer uma lista de critérios estabelecidos numa resolução do Comité de Ministros da União Europeia, de 2013.
“Após a certificação, as dinâmicas das rotas culturais são monitorizadas por via de avaliação, regular ou extraordinária (…), a fim de verificar se continuam a cumprir todos os critérios de elegibilidade”, de acordo com a DGPC.
O programa Itinerários Culturais foi lançado, em 1987, pelo Conselho da Europa para, “através de uma viagem no espaço e no tempo, demonstrar como o património cultural dos diferentes países e culturas da Europa se liga e manifesta para além das suas fronteiras”.
Fonte: LUSA | 30 de junho de 2023