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Órgão de Tubos do Século XVIII vai regressar à Capela Real do Palácio Nacional de Queluz ao fim de 100 anos

A Capela Real do Palácio Nacional de Queluz está a ser objeto de uma intervenção integral de conservação e restauro. Um dos grandes objetivos do projeto é permitir a perfeita e funcional reintegração do órgão histórico de tubos do século XVIII, que vai voltar ao local original ao fim de mais de 100 anos.

Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva] Restauro da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz [Fotografia © PSML / José Marques Silva]

Num projeto que abarca a multiplicidade de técnicas artísticas e decorativas, todos os revestimentos decorativos, que incluem madeira policromada, pintura sobre tela, painéis de azulejo e talha dourada, estão a ser conservados e restaurados. Os trabalhos contemplam, igualmente, os espaços contíguos − como a Sacristia, as salas adjacentes, as zonas privadas do piso superior e as áreas de ligação entre os dois pisos − com o objetivo de restituí-los à fruição do visitante, melhorando a experiência de visita do Palácio.

As intervenções de caráter estrutural visam dotar a Capela Real das condições necessárias à integração do órgão histórico de tubos construído no século XVIII por Machado e Cerveira, cujo restauro está a decorrer. A instalação do instrumento ao centro do Coro Alto requer a criação do espaço destinado a albergar toda a mecânica sonora, implicando a renovação da copa de apoio a eventos, localizada no piso inferior da Capela.

Pensa-se que o órgão em causa pertencia ao Palácio da Bemposta e que terá vindo para Queluz em 1778. Instalado no Coro Alto da Capela, ali permaneceu até 1916, ano em foi desmontado na totalidade. Apenas a sua frontaria foi recolocada no lado direito do Coro Alto, mas, mesmo essa parte do instrumento foi removida em 1988, ficando a Capela sem vestígios deste instrumento até à atualidade.

Findas as intervenções de conservação e restauro, o órgão setecentista da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz, que possui um total de 2428 tubos, regressará ao local original, para voltar a ser escutado em todo o seu esplendor. A Parques de Sintra devolverá, assim, a fruição deste instrumento histórico à comunidade, no cumprimento da sua missão.

Prevê-se que os trabalhos se prolonguem até ao final do primeiro trimestre de 2024, com a visitação condicionada no interior da Capela. No entanto, os visitantes poderão acompanhar o decorrer da intervenção através dos óculos instalados em painéis junto à entrada do espaço.

A Capela Real é uma das divisões mais antigas do Palácio Nacional de Queluz. Sendo um espaço físico de contemplação e de religiosidade própria da época, nela tinham lugar as pequenas cerimónias reais e as missas privadas da Família Real. Foi concebida pelo arquiteto Mateus Vicente de Oliveira, no século XVIII, e corporiza os traços característicos do seu autor: as cores, a luz, o emprego da cúpula num espaço tão exíguo (elemento sempre presente nas construções religiosas que projetou) e as formas.

O revestimento a talha dourada é obra do entalhador Silvestre Faria Lobo. O retábulo da capela-mor representa Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Queluz, e é da autoria de André Gonçalves, enquanto os painéis dos altares laterais, alusivos a São Francisco de Paula e à prisão de São Pedro e São Paulo, foram pintados por Pedro Alexandrino.

O projeto global de conservação e restauro da Capela Real e do seu órgão histórico de tubos representa um investimento total de cerca de 1 milhão de euros.

 


 

Sobre a Parques de Sintra - Monte da Lua

A Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A. (PSML) é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. Não recorre ao Orçamento do Estado, pelo que a recuperação e manutenção do património que gere são asseguradas pelas receitas de bilheteiras, lojas, cafetarias e aluguer de espaços para eventos.

Nos últimos dez anos, as áreas sob gestão da empresa (Parque e Palácio Nacional da Pena, Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, Chalet da Condessa d’Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Escola Portuguesa de Arte Equestre) receberam cerca de 25 milhões de visitas.

A PSML é detentora de dez World Travel Awards para Melhor Empresa do Mundo em Conservação, que venceu consecutivamente entre 2013 e 2022.

São acionistas da PSML a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.

 

Toda a informação sobre a Parques de Sintra pode ser consultada em www.parquesdesintra.pt, em www.facebook.com/parquesdesintra e em www.instagram.com/parquesdesintra

 

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