“Ao longo dos últimos anos temos pintado o concelho [de Proença-a-Nova] com várias obras, com importância do ponto de vista cultural, em que o objetivo é que as comunidades também sintam as obras como sua, e, do ponto de vista turístico, criando atratividade”, afirma, em comunicado, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo.

O autarca deste município do distrito de Castelo Branco realça “o importante papel da arte como forma de aproximar as comunidades e de traduzir ofícios com tradição” no concelho.

“O Ciclo do Linho”, da autoria de Rosário Bello, é a mais recente obra a integrar o Roteiro das Artes de Proença-a-Nova, localizado no Parque Nossa Senhora das Neves, numa das entradas da vila de Proença-a-Nova.

O mural retrata o laborioso processo de produção do linho, desde a sementeira até à tecelagem, passando pela ripagem e gramação e por sedar, fiar e dobar.

João Lobo refere ainda outro projeto em curso no território do Pinhal Interior (Experimenta Paisagem – Landscape Together), que partilha o objetivo de criar um museu ao ar livre, com peças de arte em locais improváveis, dando seguimento ao projeto Cortiçada Art Fest e continuando a valorização e o trabalho no território de inovação e investimento através da arte.

Já a artista plástica Rosário Bello sublinha que, para apresentar o ciclo do linho, as suas gentes e cultura precisou de um mês, isto é, para preparar os 660 azulejos que compõem o mural e que tiveram de ser cozidos diversas vezes, a 1.025 graus, demorando cada cozedura 24 horas.

“Desafio concluído, estou muito feliz”, afirma a ceramista, mostrando-se surpreendida pelo que aprendeu sobre o ciclo do linho, desde que é lançada a semente à terra até ao momento em que a tecedeira coloca o linho no tear para criar obras de arte.

Fonte: Lusa | 22 de junho de 2023