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Arte urbana une 18 artistas nacionais e internacionais em exposição invulgar
Urban [R]evolution é o novo projeto que vai estar patente na Cordoaria Nacional entre 21 de junho e 3 de dezembro.
A "revolução" está prestes a chegar a Lisboa com o novo projeto Urban [R]evolution, que junta 18 artistas nacionais e internacionais numa exposição de arte de rua patente na Cordoaria Nacional, entre 21 de junho e 3 de dezembro.
Add Fuel, AkaCorleone, André Saraiva, Barry McGee, Felipe Pantone, Futura, Jason Revok, Lee Quiñones, Martha Cooper, Maya Hayuk, Nuno Viegas, Obey SKTR, Shepard Fairey, Swoon, Tamara Alves, Vhils e Wasted Rita são os artistas que vão criar obras específicas para esta iniciativa - fruto da parceria entre a Everything is New e a galeria Underdogs - que ambiciona destacar a versatilidade deste tipo de arte.
"O público vai descobrir ao longo da exposição a história, os artistas e o movimento de graffiti, que se amplifica no movimento que reconhecemos hoje como arte urbana", adiantou Pauline Foessel, co-curadora da exposição (juntamente com Pedro Alonzo), durante a conferência de imprensa de apresentação deste projeto.
Segundo a curadora, todos os artistas que participam nesta experiência fortemente inspirada no trabalho da fotógrafa Martha Cooper, foram desafiados "a criar num espaço com limitações" oferecendo "uma experiência imersiva" de urban art. Nesse sentido, este projeto "mostra que os artistas que começaram na rua puderam ultrapassar limites do seu trabalho graças a um espaço de exposição".
Para AkaCorleone (Pedro Campiche) - um dos artistas presente nesta iniciativa - este é "um projeto de sonho" que reúne artistas que "fizeram parte do início do movimento do graffiti, street art e também artistas que estão a definir o que é o futuro desta prática".
Na Urban [R]evolution o artista promete apresentar uma "instalação imersiva, de contemplação" na qual "as pessoas entram e fazem parte de um universo diferente das outras intervenções".
Já Tamara Alves quis criar com a sua peça "uma relação direta com o espetador" numa instalação imersiva com som, luz e sombra.
"Quero atrair o público para o meu mundo e para o mundo das minhas peças. Há uma beleza na força das mensagens de cada um", explica.
Cultura para todos
Esta exposição começou a ser pensada ainda durante a pandemia, de acordo com Álvaro Covões, diretor da promotora Everything is New. Porém, ganha agora forma num formato diferente, trazendo a arte de rua para dentro de uma exposição.
"Esta urban revolution pretende ser uma mostra dessa grande revolução que chegou ao mundo da arte. Graças à arte urbana, qualquer jovem percebeu que não deve desistir do seu sonho", explicou.
Segundo o promotor, "a arte urbana é conseguir permitir democratizar a cultura e permitir que todos possam exprimir a sua arte". Logo, "esta exposição é uma homenagem a todos os artistas que nasceram do nada".
Para Álvaro Covões há um fator que ainda carece em Portugal: a acessibilidade na cultura. Com as dificuldades económicas do país, os portugueses vêm a sua vida dificultada e para o diretor da Everything is New é necessário "ganhar mais hábitos culturais" e mostrar que a cultura "não é um bem de luxo".