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"A Arte de Driblar Destinos"
O romance vencedor do Prémio LeYa 2022, já chegou às livrarias.
Da autoria do brasileiro Celso Costa, o livro conquistou a unanimidade do júri, que na altura justificou a atribuição do prémio com o “ritmo e vivacidade” da história, que oscila “entre o pícaro e o trágico”. “É uma saga familiar que reflete muito bem o mundo social do interior do Brasil.”
A Arte de Driblar Destinos decorre numa povoação do interior do Paraná, onde o período escolar obrigatório não vai além dos primeiros anos, pelo que são muito poucos aqueles que conseguem passar do ensino básico. Os cuidados de saúde são igualmente precários, levando a que os males do corpo e da alma sejam tratados com o que se tem à mão ou através da intervenção mágica de feiticeiros e curadores.
É neste cenário que o protagonista – um menino nascido no seio de uma família que se vê constantemente em apuros para pagar os descalabros de um pai que não quer ganhar juízo – é incentivado a prosseguir os estudos por uma professora primária e acaba acalentando o sonho de se tornar professor e enganar o destino que lhe estaria reservado.
Um romance através do qual Celso Costa, partindo de pequenos episódios pessoais e coletivos, mostra ao leitor que, mesmo em ambientes permeados por costumes ancestrais, os conhecimentos são sempre o que permite que se cumpra o sonho de chegar mais longe.
Lançado agora em Portugal, A Arte de Driblar Destinos tem já garantida também uma edição no Brasil, uma vez que os seus direitos de publicação foram entretanto adquiridos pela editora Fósforo.
Celso Costa nasceu em 1949 no interior do estado do Paraná.
Escritor e matemático, Celso Costa descobriu, na sua tese de doutoramento, as equações de uma superfície mínima, que atualmente se designa por Superfície Costa ou Costa’s Surface, descoberta que resolveu um problema matemático com 206 anos de existência. É professor de matemática na Universidade Federal Fluminense (UFF) desde 1981. Foi ainda professor visitante na Université de Chambéry (1987-1988) e na Université de Grenoble (1988-1990). É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (1999) e foi condecorado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT com a ordem nacional do mérito científico na classe de Comendador (1998).