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Que ardente paixão foi esta?

Assírio & Alvim reedita Cartas Portuguesas, cinco missivas de amor atribuídas a Mariana Alcoforado. Edição bilingue conta com tradução e prefácio de Eugénio de Andrade, no ano em que se celebra o centenário do poeta.

«Não sei o nome daquele a quem foram escritas, nem o de quem as traduziu, mas parece-me que, publicando-as, não devo incorrer no seu desagrado.» Assim era o aviso ao leitor incauto que encontrava, pela primeira vez, estas Cartas Portuguesas atribuídas a Mariana Alcoforado, escritas em língua francesa e publicadas em 1669. Nelas se procurou conservar a simplicidade com que uma mulher escreve ao homem que deveras ama. A história aí contada, em cinco cartas anónimas, seria a de uma freira portuguesa enclausurada num convento de Beja, que se apaixonara por um oficial francês de passagem. Depois da partida do militar, a mulher escreve-lhe num misto de amor e ódio, reivindicando a sua paixão. Para esta publicação, a artista Ilda David’ desenhou uma nova série de desenhos inspirados nesta história de amor.

O livro já se encontra em pré-venda.

Adeus. Não posso separar-me deste papel que irá ter às tuas mãos. Quem me dera a mesma sorte! Ai, que loucura a minha! Sei bem que isso não é possível! Adeus, não posso mais. Adeus. Ama-me sempre, e faz-me sofrer mais ainda.

SOBRE O LIVRO

Cartas Portuguesas
Publicadas pela primeira vez em francês, em 1669, pelo escritor Lavergne de Guilleragues, as Cartas têm sido até hoje alvo de grande controvérsia no que diz respeito à sua autoria e desde cedo suscitaram leituras em todo o mundo, especulações, novas cartas aparentemente descobertas, traduções, respostas do seu destinatário, edições pirata. Um fascínio que ainda hoje encerra um mistério: que ardente paixão foi esta, real ou literária?

Ver primeiras páginas  

Título: Cartas Portuguesas
Autora: atribuído a Mariana Alcoforado
Prefácio e tradução: Eugénio de Andrade
N.º de Páginas: 104
PVP: 15,50€
Coleção: documenta poetica  

SOBRE A AUTORA

Soror Mariana Alcoforado
Nasceu na cidade de Beja em 1640. Ingressou no Convento de Nossa Senhora da Conceição com apenas 12 anos, determinada a dedicar a sua vida ao Senhor. Contudo, a sua vocação religiosa seria posta à prova quando conheceu o cavaleiro francês Noel Bouton, marquês de Chamilly, que estava em Portugal com as suas tropas, envolvido na guerra da Restauração. Entre os dois surgiu um amor impossível, do qual as Cartas Portuguesas são um belíssimo testemunho. 

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