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De Schubert ao jazz e ao fado. A música volta a Marvão em julho
Durante dez dias habitantes e visitantes vão poder fazer uma longa viagem sonora. Passeios pelo património histórico incluídos.
Confimadas estão já as participações de nomes como o pianista Aaron Pilsan, O/Modernt Chamber Orchestra, Armida Quartett, Quatuor Arod, o coro de rapazes da Catedral de Colónia, a Hong Kong Sinfonietta, a Orquestra Gulbenkian, entre muitos outros.
Haverá ainda lugar para outras expressões como o fado (por Beatriz Felicio, prémio Novos Talentos Ageas) e o jazz (pelo Markus Stochausen Group). No programa figuram ainda várias visitas guiadas ao rico património histórico e arquitetónico de Marvão.
Como referiu na sessão de apresentação um dos diretores artísticos do Festival, Cristoph Popen (a outra é a sua mulher, a soprano Juliane Banse), "este tornou-se um ponto de encontro entre a pequena comunidade de Marvão com milhares de visitantes que chegam anualmente conduzidos por este evento". E sublinhou que, para além da música clássica (este ano será dada uma atenção particular a Schubert, na Schubertiade 3/3, agendada para 29 de julho, às 16 horas, na Igreja de São Tiago), o FIMM inclui sempre programas dedicados às crianças e ainda a quem se queira juntar a um coro, acompanhado por violoncelo e conduzido pelo maestro Pedro Teixeira.
Também o clarinetista Horácio Ferreira, assessor artistico do Festival, destacou as ligações com as raízes locais, convidando os artistas nacionais a "participar nesta experiência de comunhão e troca de experiências."
Iniciado o seu historial em 2O14, o FIMM foi surgindo na mente do alemão Christoph Poppen em 2010, quando este percorria o Alto Alentejo de bicicleta, com um grupo de amigos e famíliares. Como disse qo DN, em entrevista no Verão passado: " Cheguei e simplesmente apaixonei-me. Foi uma atração tão forte que me atingiu o coração, e esta pequena casa que comprámos é um símbolo disso. A perfeição do lugar exerceu sobre mim um magnetismo espiritual tão forte como nunca tinha experimentado em toda a minha vida. É difícil de descrever... Porquê? Não sei".
E quatro anos depois daquela paixão, que surgiu logo na primeira visita de Christoph a Portugal sem ser para tocar, acontecia, enfim, o Festival Internacional de Música de Marvão.
Em jeito de "aperitivo" da próxima edição, na sessão de apresentação, realizada na Pousada de Lisboa, Horácio Ferreira, Christoph Poppen, Lewis Creuz, Manuel Fischer-Dieskau e Francisco Lourenço interpretarem obras de Schubert e Mozart.