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Luís Carmelo (1954-2023)
Luís Carmelo, escritor, poeta e pedagogo deixou-nos este fim de semana. Era uma referência cultural, com provas dadas e uma atividade extremamente profícua. Deixa um grande vazio e muita saudade.
Nasceu em Évora a 25 de agosto de 1954.
Doutorou-se pela Universidade de Utreque na Holanda. Foi vencedor do Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores 1988 com a obra 'A Tetralogia Lusitana de Almeida Faria' e foi finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa/ Correntes d'Escritas 2019 com o livro de poesia 'Tratado'. Tem publicados 14 romances: 'Entre o Eco do Espelho' (1986). 'Cortejo do Litoral Esquecido' (1988), 'No Princípio era Veneza' (1990), 'Sempre Noiva' (1996), 'A Falha' (1998), 'As Saudades do Mundo' (1999), 'O Trevo de Abel' (2001), 'Máscaras de Amesterdão' (2002), 'O Inventor de Lágrimas' (2004), 'E Deus Pegou-me pela Cintura' (2007), 'A Dobra do Crioulinho' (2013), 'Gnaisse' (2015), 'Por Mão Própria' (2016), 'Sísifo' (2017) e 'Cálice' (2020).
O romance 'A Falha' foi adaptado ao cinema por João Mário Grilo, em 2000, a partir de argumento do próprio autor. Era uma referência em diversos artigos sobre escrita criativa na principal imprensa escrita.
A obra de poesia 'Ofertório' (Nova Mymosa) foi o "livro do dia" na rubrica de Carlos Vaz Marques para a TSF. Dedicou-se intensamente à escrita criativa e cultura no Instituto Camões e na Universidade Aberta.
Amigo do Centro Nacional de Cultura era uma presença em muitas das nossas iniciativas, em especial no projeto MUSE.
O Centro Nacional de Cultura homenageia a sua memória e envia sentidas condolências a Isabel Bezelga, familiares e amigos.
Faleceu a 30 de abril de 2023 aos 68 anos.