"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Ser escritor na cidade dos enganos

Livros do Brasil volta a disponibilizar no mercado A Capital, o último romance de Eça de Queiroz, acabado e revisto pelo filho, que o editou postumamente em 1925.

Apesar de não o ter concluído, Eça de Queiroz trabalhou no livro A Capital durante décadas e revela nele o seu espírito sempre crítico e o olhar satírico sobre a elite intelectual portuguesa que tanto nos deliciaram em obras anteriores. As tertúlias lisbonenses, os seus defeitos e virtudes, a frivolidade sofisticada de certos meios, as origens do republicanismo, a sede de alpinismo social e a transformação moral de uma sociedade tradicionalista são alguns dos fenómenos abordados nesta narrativa, graças ao tão característico recurso queirosiano à ironia.

O livro já se encontra em pré-venda.

SOBRE O LIVRO
A Capital
Artur Corvelo é um jovem de grandes aspirações: alimentado pela vida boémia e literária que conheceu nos seus tempos de Coimbra, acalenta agora tornar-se um grande poeta. Para mal dos seus pecados, a morte súbita do pai obriga-o a voltar para Oliveira de Azeméis, terra enfastiosa onde mora a sua única família, as tias Sabininha e Ricardina. A não ser que… um padrinho com quem raramente conviveu lhe legue uma boa maquia de dinheiro. É assim que Artur se vê a caminho de Lisboa, essa bela cidade onde se realizam todos os sonhos. Ou assim acha ele. Mas um mal nunca vem só, para mais quando se é um mancebo perdido no meio da súcia de pelintras, caloteiros, cobardes, debochados, imbecis e bêbedos da magnânima Capital.

Ver primeiras páginas  

Título: A Capital
Autor: Eça de Queiroz
Páginas: 432
PVP: 12,20€
Coleção: Obras de Eça de Queiroz  

SOBRE O AUTOR

Eça de Queiroz
Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária. Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa. Em 1872, iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris. 
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