"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Memórias de Joseph Conrad pela primeira vez em português

Retrato vivo da relação do Homem com o mar, O Espelho do Mar é o primeiro livro de cariz autobiográfico de Joseph Conrad, um dos principais romancistas de sempre da literatura em língua inglesa.

Inicialmente publicado entre 1904 e 1906, por capítulos, em jornais e revistas da época, essa memória autobiográfica revela a grande paixão pelo mar que «os inescrutáveis Deuses» enviaram ao autor. Mais de um século depois, a obra é recuperada pela Guerra e Paz, tendo finalmente tradução portuguesa, numa edição que inclui uma nota introdutória de Conrad e um texto do biografo francês Gérard Jean-Aubry. O Espelho do Mar chega à rede livreira nacional, numa tradução de Beatriz Figueiredo e João Maria Lourenço, incluída na reconhecida coleção de Clássicos da editora.

O fascínio pelo mar e os seus perigos, o poder e a imprevisibilidade da natureza e a complexa relação entre o Homem e o mundo natural à sua volta são temas intemporais e centrais de O Espelho do Mar. Neste texto biográfico,  publicado em 1906, Joseph Conrad, entre a memória e a imaginação, a realidade e a ficção, fala-nos fala-nos apaixonadamente de navios e tripulações, de calmarias e de tempestades, que experimentara ao longo de duas décadas, numa época em que o advento do vapor significava o fim da hegemonia dos veleiros.

Fundamental para compreender Conrad e a sua obra, o livro é precedida por uma «Nota do autor» que nos apresenta uma «confissão completa não dos meus pecados, mas das minhas emoções», na qual o autor de grandes clássicos, como Coração das Trevas ou Lord Jim, tenta pôr a «descoberto, com a falta de reserva de uma confissão de última hora, os termos da minha relação com o mar, que, tendo começado misteriosamente como qualquer outra grande paixão que os inescrutáveis Deuses enviam aos mortais, continuou irrefletida e invencível».

Amplamente aclamado pela crítica e pelos seus pares aquando da primeira edição, em 1906, O Espelho do Mar iguala o melhor da sua ficção. Segundo o romancista espanhol Juan Benet este livro «é cem por cento Conrad e, além disso, o melhor Conrad». Opinião corroborada por John Galsworthy, que viria, em 1932, a receber o Prémio Nobel da Literatura: «é magnífico. Equipara?se ao seu melhor trabalho, e penso que o episódio “Em iniciação” é a melhor coisa que alguma vez escreveu. […] O estilo, no conjunto, está à frente de qualquer coisa que tenha feito.»

Inédito em Portugal, é uma edição Guerra e Paz traduzida por Beatriz Figueiredo e João Maria Lourenço e que incluí notas do biografo francês Gérard Jean-Aubry, O Espelho do Mar estará disponível, na rede livreira nacional, nas principais plataformas de ebooks e no novíssimo site da editora.

Clássicos Guerra e Paz
O Espelho do Mar
Joseph Conrad
Ficção / Romance
224 páginas · 15x23 · 16,50 €

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