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Cerimónia de entrega do Prémio Camões a Paulina Chiziane
O Prémio Camões 2021, atribuído à escritora moçambicana Paulina Chiziane, vai ser entregue no próximo dia 5 de maio, às 16:00, pelo Primeiro-Ministro, António Costa, numa cerimónia a realizar no Museu Nacional dos Coches – Antigo Picadeiro Real.
Instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, o Prémio Camões é o galardão de maior prestígio da língua portuguesa. De caráter anual, presta homenagem a um escritor que, pela sua obra, contribua para o enriquecimento e projeção do património literário e cultural de língua portuguesa.
O Ministério da Cultura, através da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC), organiza pela parte portuguesa a atribuição deste Prémio, que tem o valor pecuniário de cem mil euros, assumido em partes iguais pelos Governos de Portugal e do Brasil.
Paulina Chiziane foi a vencedora da 33ª edição do Prémio Camões, na sequência de decisão unânime do júri constituído por Jorge Alves de Lima (Brasil), Raul César Gouveia Fernandes (Brasil), Teresa Manjate (Moçambique), Ana Maria Martinho (Portugal), Carlos Mendes de Sousa (Portugal) e Tony Tcheka (Guiné-Bissau).
Reunido por via virtual e presencial a 20 de outubro de 2021, o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio à escritora moçambicana, destacando “a sua vasta produção e recensão crítica, bem como o reconhecimento académico e institucional da sua obra”.
A atribuição do Prémio Camões a Paulina Chiziane reconhece “a importância que a escritora dedica nos seus livros aos problemas da mulher moçambicana e africana”, e também “o seu trabalho recente de aproximação aos jovens, nomeadamente na construção de pontes entre a literatura e outras artes”, concluiu o júri na sua declaração.
Para o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, “a entrega do Prémio Camões à escritora moçambicana Paulina Chiziane é um momento de enorme significado e enorme simbolismo para a cultura em português. É a primeira mulher negra a receber aquele que é o prémio de maior prestígio da língua portuguesa”.
Nos termos do Regulamento, Portugal e o Brasil organizam de forma alternada as reuniões e as cerimónias de entrega deste galardão.