"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Publicações

Um romance onde "ninguém se encontra"

Quarenta anos volvidos sobre a publicação original de Lúcialima, Assírio & Alvim volta a disponibilizar no mercado esta obra de Maria Velho da Costa.

Há muito esgotado, Lúcialima volta a ganhar destaque nas livrarias. Cativante na sua complexidade, da primeira à derradeira página, a história vai combinando várias personagens, aparentemente díspares e desconexas, quase como se estivéssemos perante pequenos contos, cujos pontos de ligação são atados no final. A presente edição deste título de Maria Velho da Costa respeita a capa original, com assinatura de Paula Rego, uma obra oferecida pela artista plástica à autora.

O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 23 de março de 2023. 

Lúcialima (1983) é um romance onde «ninguém se encontra»: Lúcia, criança cuja cegueira e fala difícil a condicionam a procurar um outro real à sua volta, conversa com o misterioso Éukié. Lima, homem da guerra, vive dentro dos seus pensamentos de modo a escapar ao que o rodeia. No seu estilo inconfundível, experimental, Maria Velho da Costa desafia-nos a desenovelar a trama onírica das muitas personagens desta história, habitada pelos (muito reais) traumas do passado colonial e do 25 de Abril.

SOBRE O LIVRO

Título: Lúcialima
Autor: Maria Velho da Costa
N.º de Páginas: 436
PVP: 18,85€
Coleção: A Phala

Ver primeiras páginas  

SOBRE A AUTORA

Maria Velho da Costa
Nasceu a 26 de junho de 1938, em Lisboa. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa e obteve o curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Ficcionista, ensaísta e dramaturga, é coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, de Novas Cartas Portuguesas (1972), um livro que se tornou um marco no nosso país pela abordagem da situação das mulheres nas sociedades contemporâneas e que viria a ser apreendido pela polícia política do antigo regime pelo seu «conteúdo insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública». A sua escrita situa-se numa linha de experimentalismo linguístico que viria a renovar a literatura portuguesa nos anos 60. Entre outras obras, destacamos O Lugar Comum (1966), Maina Mendes (1969) e Casas Pardas (1977), Prémio Cidade de Lisboa, Lúcialima (1983), Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus, Missa in Albis (1988), Prémio de Ficção do PEN Clube, Dores (1994), um volume de contos em colaboração com Teresa Dias Coelho, ao qual foi atribuído o Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários e o Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, e Myra (2008), Prémio Correntes d’Escritas. Em 1997, foi-lhe atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora, pelo conjunto da sua obra, que se encontra traduzida em várias línguas. Em 2002 foi distinguida com o Prémio Camões, cujo júri lhe elogiou «a inovação no domínio da construção romanesca, no experimentalismo e na interrogação do poder fundador da fala». O Prémio Vida Literária, da APE, foi-lhe entregue em 2013, dois anos depois de ser feita Grande-Oficial da Ordem da Liberdade. Em 2003 já havia sido feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Faleceu a 23 de maio de 2020, aos 81 anos. 

Agenda
Ver mais eventos
Visitas
100,380,006