Publicações
Tratado de amor de Allan Bloom aos Grandes Livros reforça coleção "Os Livros Não se Rendem"
Um livro que não deixa ninguém indiferente, A Destruição do Espírito Americano, de Allan Bloom, esteve mais de dez semanas nos mais vendidos do New York Times, aquando da sua publicação, e é considerado ainda hoje, praticamente quatro décadas depois, um dos mais importantes ensaios sociológicos escritos por um americano desde a II Guerra Mundial.
Nele, o investigador e professor universitário apresenta-nos um diagnóstico instigante e visionário das transformações culturais das últimas décadas, denunciando a forma como o ensino superior falhou à democracia e empobreceu as almas dos alunos. Tão atual como em 1987, a obra chega finalmente a Portugal, numa edição Guerra e Paz traduzida por Maria José Batista, que inclui um prólogo do Prémio Nobel da Literatura Saul Bellow e um posfácio do aclamado autor e jornalista Andrew Ferguson. A Destruição do Espírito Americano estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 21 de março e integra a coleção «Os Livros Não se Rendem», que resulta de uma parceria com a Fundação Manuel António da Mota, a Mota Gestão e Participações e a mediadora de seguros Novus Tempus.
Nas páginas de A Destruição do Espírito Americano, somos convocados por Allan Bloom a entoar um hino aos Grandes Livros e à exigência da grande cultura. Partindo de uma reflexão profunda, penetrante e detalhada análise do ensino superior americano, o professor e investigador faz uma apaixonante leitura das correntes, mitos e fenómenos intelectuais do nosso século e argumenta, numa prosa clara e enérgica – com a densidade da ficção e a lucidez da filosofia–, que as crises sociais e políticas fazem parte de uma crise intelectual maior: resultado de um perigoso estreitamento das mentes das elites universitárias.
E hoje, com o wokismo a campear nas universidades americanas, sabemos exatamente o que Allan Bloom viu e antecipou ao falar do lugar das ciências humanas nas universidades, essa «velha Atlântida quase submersa», à qual voltamos para nos tentarmos «encontrar, agora que todos os outros já desistiram». É por isso tão urgente hoje ler este tratado de amor como o era há 36 anos. Opinião partilhada pelo The Economist, que considera o ensaio de Bloom «brilhante… refrescante, mas arrepiante»; pelo antigo editor do New York Times Book Review, Christopher Lehmann-Haupt, que afirmou que esta obra «nos atinge com a força e o efeito semelhantes à terapia de choque»; e pelo Nobel da Literatura Saul Bellow que considerou o autor, no texto que serve de prólogo a esta nova edição, tão «sagaz e destemido quanto erudito».
Contudo, e segundo Andrew Ferguson a nossa cultura continua a resistir profundamente às verdades «desta escandalosa, mas demasiado realista caricatura» de Bloom. No posfácio da obra, o jornalista e autor descreve os porquês dessa resistência.
Um livro controverso, mas imprescindível para discutir o estado da sociedade moderna, A Destruição do Espírito Americano chega à rede livreira nacional no próximo dia 21 de Março, numa tradução de Maria José Batista, com o selo «Os Livros Não se Rendem», colecção da Guerra e Paz Editores, apoiada pela Fundação Manuel António da Mota, a Mota Gestão e Participações e a mediadora de seguros Novus Tempus e que reúne grandes ensaios da história, filosofia e economia nunca antes publicados em Portugal ou excepcionalmente, como é este caso, uma nova tradução de um livro fora do mercado há mais de 25 anos..
Recentemente inaugurada por duas traduções inéditas, de O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura Japonesa, de Ruth Benedict, e Os Últimos Dias de Hitler, de Hugh Trevor-Roper, conta já também com os títulos Arrogância Fatal – Os Erros do Socialismo, de Friedrich A. Hayek, e Esperança e Medo – Dois Conceitos de Liberdade, de Isaiah Berlin, e tem como um dos pontos de honra a oferta de 300 exemplares de cada um dos títulos publicados à rede pública de bibliotecas.
Os Livros Não se Rendem
A Destruição do Espírito Americano
Allan Bloom
Não-Ficção / Filosofia
512 páginas · 15x23 · 20 €