Uma época crítica da História, a Primeira Guerra Mundial é brilhantemente analisada pelo historiador francês Yves Buffetaut, em colaboração com o cartógrafo e geógrafo Fabrice Le Goff, no Atlas da Primeira Guerra Mundial – A Queda dos Impérios Europeus, uma obra que reúne mais de 80 mapas e infografias essenciais para traçar o retrato das origens, dos desafios, das batalhas e das consequências da «mãe de todas as guerras». O livro chega às livrarias, numa edição Guerra e Paz traduzida por Ana Cristina Câmara, estando também disponível para encomenda através do site oficial da editora. 

Dedicado há mais de 30 anos ao estudo da Grande Guerra, Yves Buffetaut procurou resumir a história desse período de uma forma rigorosa, mas acessível a todos, no Atlas da Primeira Guerra Mundial – A Queda dos Impérios Europeus. O livro está dividido em três períodos principais. No primeiro, é-nos apresentado um retrato do mundo na antecâmara do conflito. A Belle Époque, o apogeu do poderio europeu e o domínio dos grandes impérios não deixavam adivinhar o que se seguiria. Diz Buffetaut que «é certo que começam a surgir sinais precursores do declínio, mas não passa pela cabeça de ninguém que, em poucos anos, um continente tão próspero e dominante possa afundar-se numa tragédia da qual não se recomporá». É-nos ainda traçado um quadro das causas que deram origem ao conflito e explicado como a economia próspera tornou a guerra exequível. 

Nos períodos seguintes, o autor fala-nos de uma «nova forma de guerra», dos movimentos às trincheiras, com exércitos com uma dimensão nunca antes vista e apetrechados com armamento até então inigualável. Analisa a forma como os combates na Europa, as tensões no Médio Oriente, as revoluções russas e o envolvimento dos Estados Unidos da América atestaram a dimensão internacional do conflito e o modo como as grandes batalhas, como as de Marne, Dardanelos e Somme, marcaram os países a nível local. 

Por fim, Buffetaut abre-nos as portas de «um novo mundo instável», caracterizado pela queda dos impérios austro-húngaro, alemão e otomano, o isolamento da Rússia, que viria a enfrentar uma guerra civil e a criação de novos Estados, e esgotamento demográfico e económico dos restantes países europeus. Neste último período, o autor mostra-nos como a tensão entre vencedores e vencidos irá lançar as sementes para o conflito mundial seguinte, que nem mesmo a criação da Sociedade das Nações evitará. 

Um trabalho rigoroso e didático, o Atlas da Primeira Guerra Mundial chega às livrarias de todo o país no próximo dia 22 de Fevereiro, numa edição traduzida por Ana Cristina Câmara e que, além da cartografia de Fabrice Le Goff, inclui ainda uma cronologia detalhada, biografias resumidas das figuras centrais do conflito e um índice remissivo que auxilia a pesquisa direcionada.

Este é o décimo livro de uma coleção aclamada pelos leitores, pela crítica e pelo Plano Nacional de Leitura e que foi iniciada pela Guerra e Paz com a publicação do Atlas Histórico de África, a que se seguiram o Atlas do Império Romano, o Atlas Histórico do Médio Oriente, o Atlas Histórico dos Estados Unidos da América, o Atlas do Holocausto, o Atlas do Antigo Egipto, o Atlas da Guerra Fria, o Atlas Mundial da Água e o Atlas Histórico do Mediterrâneo. Para breve, a Guerra e Paz prevê a edição do Atlas das Fronteiras e do Atlas Histórico da Escrita. 

Atlas da Primeira Guerra Mundial – A Queda dos Impérios Europeus
Autor: Yves Buffetaut  |  Cartografia: Fabrice Le Goff
Não-Ficção / Atlas
176 páginas · 16,8x24,3 · 20,00 €
Guerra e Paz Editores