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Ernesto Rodrigues reinventa o romance-reportagem, num livro a que não escapa a figura de Vladimir Putin

Atento à Guerra da Ucrânia, Ernesto Rodrigues inspirou-se na obra de Jonathan Swift para criar uma originalíssima forma de repudiar as ações do ditador da federação russa, Vladimir Putin.

Liliputine é o título do novo livro do premiado escritor e tradutor transmontano que reinventa o romance-reportagem, entrelaçando História e ficção. Na obra, à medida que vamos ficando a conhecer o percurso de vida dos pais e avós de Magda Baptista, professora de Estudos Europeus, percorremos a História das últimas seis décadas do leste europeu, desde a invasão soviética da Hungria e da primaveril Praga à desintegração da URSS, e da subida de Vladimir Putin ao poder até à invasão de Kiev, em fevereiro de 2022. Liliputine chega à rede livreira nacional numa edição Guerra e Paz, incluída na coleção «Arquipélago», dedicada ao melhor da ficção contemporânea em língua portuguesa.

Uma proposta no mínimo incomum na literatura portuguesa, Liliputine apresenta-nos um romance-reportagem no qual Magda Baptista, uma professora de Estudos Europeus, relata a experiência familiar nas sublevações de Budapeste, em 1956, e de Praga, em 1968, e analisa a situação dos países eslavos em duas fases: até à desintegração da URSS e, depois, no percurso galopante de Vladimir Putin até à invasão da Ucrânia.

Partindo das convicções de todos os que têm vindo a lutar por democracias solidárias e plurais para os países da antiga União Soviética, Ernesto Rodrigues aponta o dedo a Vladimir Putin, que, segundo o autor, pretende, 350 anos depois do czar Pedro I, que deu o seu nome a São Petersburgo, «fazer do antigo império russo a sua Liliputine». Esta palavra composta conjuga o universo das Viagens de Gulliver, de Swift, e o nome de Putin(e), fazendo um comentário jocoso à estatura do Chefe de Estado Russo. «Olha-se ao complexo de quem, no seu metro e sessenta e oito, se sonha um novo Pedro, o Grande, com dois metros e três.» Não contente, o autor acrescenta que Liliputine o inspirou a criar o verbo «liliputinar», cujo tempo ou modo (presente do conjuntivo ou imperativo) significa: «reduza Putin à sua pequenez ou insignificância».

Mesmo tendo como pano de fundo a história da Rússia na Europa e os meandros da espionagem na Guerra Fria, o romance não deixa de contar uma história de amor, que Ernesto Rodrigues convida o leitor a descobrir. Liliputine chega à rede livreira nacional no próximo dia 7 de fevereiro de 2023, mas poderá ser, desde já, adquirido através da pré-venda que decorre no site da editora.

Este é o quarto romance da coleção «Arquipélago» da Guerra e Paz Editores, que foi inaugurada pelo eletrizante O Longo Braço do Passado, de Rui de Azevedo Teixeira, e pelo surpreendente A Menina Invisível, de Rita Cruz, aos quais também se acaba de juntar o sublime Era Uma Vez Tudo, de Paulo Nogueira. 

Arquipélago
Liliputine
Ernesto Rodrigues
Ficção / Romance
176 páginas · 15x23 · 16,00 €

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