O artista, cuja obra está representada em várias coleções institucionais, irá apresentar uma pintura de grande formato, segundo um comunicado divulgado pelas Galerias Municipais/Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), que desde o início do ano é dirigida por Sara Matos e Pedro Faro.

Desde 2018 que a CML convida artistas a criarem projetos para apresentar na maior feira de arte contemporânea da Península Ibérica: em 2018, foi Ana Manso e Pedro Henriques (curadoria Margarida Mendes); em 2019, Isabel Carvalho e Ramiro Guerreiro (curadoria Antonia Gaeta); em 2020, Marc Blondeau (organização de Ricardo Valentim); e, em 2021, Sofia Montanha, Henrique Loja, James Bantone, Sara Graça e weecolors (curadoria de Supermala), enquanto em 2022, foram feitos lançamentos de edições das Galerias Municipais de Lisboa.

O trabalho de Paulo Brighenti “tem repensado e experimentado os diferentes domínios de operatividade da pintura, encontrando-se neste momento numa consistente e desafiante fase de produção”, sublinha o comunicado das Galerias Municipais sobre a escolha.

Para este 'project room' das Galerias Municipais/EGEAC – CML, Paulo Brighenti apresenta uma pintura de grande formato “que procura testar outros procedimentos e tempos de ação, através de gestos amplos e livres, manipulando outro tipo de instrumentos - as suas mãos e o seu próprio corpo -, inscrevendo na tela diversas temperaturas, imprevisibilidades e inquietações, convocando tradições pictóricas variadas que valorizam a importância da vida e da pintura na contemporaneidade”.

Este projeto conta, ainda, com um ensaio em folha de sala da investigadora e curadora Ana Anacleto.

Paulo Brighenti nasceu em Lisboa, em 1968, vive e trabalha entre a capital e Torres Vedras, concelho onde fundou e coordena a RAMA – Art Residency, em Maceira.

Estudou Artes Plásticas na Ar.Co., em Lisboa, expõe de forma individual e coletiva desde a década de 1990, e em 2002 foi distinguido com o Prémio de Desenho Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva.

O seu trabalho está representado, entre outras, nas coleções do Museu de Serralves e Fundação Ilídio Pinho (Porto) Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia e Centro de Aerte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, (Lisboa), Coleção António Cachola (Elvas), Coleção Norlinda e José Lima (São João da Madeira) e Sovereign Art Foundation (Londres).

A Feira de Arte Contemporânea ARCOmadrid, em Espanha, vai realizar a 42.ª edição com a participação de 214 galerias, 16 delas portuguesas, sob o tema "O Mediterrâneo: Um Mar Redondo", segundo a organização.   

Globalmente, estarão representados 37 países, com 171 galerias no programa geral, somando-se a estas as que entram nas secções “Mediterrâneo: Um mar redondo”, com 20 galerias, “Opening", com 17 galerias, e “Nunca o mesmo. Arte latino-americana”, com 11 galerias.   

As Galerias Municipais/EGEAC são constituídas por cinco espaços de exposições de arte contemporânea em Lisboa: Galeria Quadrum, Pavilhão Branco, Galeria da Boavista, Galeria Av. da India e Torreão Nascente da Cordoaria Nacional. 

Fonte: Lusa | 2 de fevereiro de 2023