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Romance de Paulo Nogueira que celebra a literatura através do próprio sortilégio literário
Um romance sobre o exercício da escrita, repleto de todas as coisas da vida: amor, amargura, satisfação, divertimento, dor, paixão, prazer, morte, luto e, quiçá, renascimento.
É esta a proposta de Paulo Nogueira, o mais português dos escritores brasileiros, em Era Uma Vez Tudo. Aqui, celebra-se a literatura, pela pena de dez aspirantes a romancistas, cujas vidas trágicas e cómicas são desenhadas com linhas densas, divertidas, apaixonadas e apaixonantes. Era Uma Vez Tudo chega à rede livreira nacional, numa edição Guerra e Paz, incluída na coleção «Arquipélago», dedicada ao melhor da ficção contemporânea em língua portuguesa.
Era Uma Vez Tudo, o 12.º romance de Paulo Nogueira, autor bestseller paulista que dedicou 25 dos seus anos a Portugal e – alguns dos quais – ao semanário O Independente, é mais do que um romance, na verdade, são dez. Dez romances das dez personagens que Paulo juntou num curso de Escrita Criativa. E são tão diferentes – a começar por um intersexo ucraniano, que anseia emular Clarice Lispector –, que somente o amor pela escrita poderia juntar no mesmo espaço.
Mas quem se junta a Pavel Dembrivska nas aulas do «Guru Verbal»? Comecemos por uma octogenária cuja família construiu o prédio mais icónico da cidade, consumido num incêndio homicida. A ela, junta-se um projetista de planetários, de luto pela mulher morta em circunstâncias suspeitas, e um fotógrafo ameaçado pela cegueira, que corre contra o tempo para revolucionar a ficção.
Mas há mais. Há uma oriental, que vai combinar manga com Murasaki Shikibu, depois de resolver o conflito com o pai e o Japão. Há uma enfermeira rumo a Marte, para escrever um Génesis de ficção-científica, e um ilusionista que pretende renovar o realismo mágico. Há uma astróloga que quer urdir um oráculo literário e, ainda, um geólogo judeu que, para descobrir o segredo da família e concluir o seu livro, terá de ir a Auschwitz.
São duas partes, com dez capítulos cada, divididos por dez personagens, cada uma delas a querer ser mais romancista do que as outras. São dez vidas tão funestas quanto caricatas. Tudo isto num romance desenhado com um humor sublime. Era Uma Vez Tudo chega à rede livreira nacional no próximo dia 7 de fevereiro de 2023, mas poderá ser, desde já, adquirido através da pré-venda que decorre no site da editora.
Este é o terceiro romance da coleção «Arquipélago» da Guerra e Paz Editores, que foi inaugurada, no último mês de junho, pelo eletrizante O Longo Braço do Passado, de Rui de Azevedo Teixeira, e reforçada em outubro pela subtileza e musicalidade de Rita Cruz, em A Menina Invisível.
Arquipélago
Era Uma Vez Tudo
Paulo Nogueira
Ficção / Romance
376 páginas · 15x23 · 19,00 €