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Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha vão ser melhoradas
As Capelas Imperfeitas, no Mosteiro da Batalha, vão ser intervencionadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para permitir “melhores condições de apresentação de concertos e outras atividades culturais”, disse a secretária de Estado da Cultura.
No âmbito de uma visita às obras que decorrem nos Claustros D. João I e D. Afonso V, Isabel Cordeiro destacou os planos que há para continuar a requalificar o monumento, este ano a celebrar 40 anos de inscrição na lista de Património Mundial da UNESCO.
“É particularmente importante conhecermos o detalhe das intervenções em curso e as próximas, em particular a que será concretizada neste lugar, nas Capelas Imperfeitas”, disse a secretária de Estado.
Até ao final de 2025, o monumento beneficiará de um investimento de 1,6 milhões de euros, destinado a recuperar as coberturas da Sala do Capítulo, requalificar o Jardim do Claustro, melhorar o sistema elétrico e equipamentos de segurança e conservar e restaurar as Capelas Imperfeitas, detalhou o diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos.
Especificamente nas Capelas Imperfeitas, panteão de D. Duarte, além da conservação e restauro, Isabel Cordeiro realçou a componente de “fruição pública, porque serão criadas melhores condições de apresentação de concertos e outras atividades culturais”.
A governante sublinhou “a importância da continuidade das intervenções neste excecional monumento”, asseguradas pelo PRR, pelo que “representam no fortalecimento das relações de proximidade com a comunidade”.
O diretor-geral do Património Cultural também salientou a intervenção prevista para as Capelas Imperfeitas, inserida “num plano mais vasto de uma grande intervenção de conservação e restauro que se quer candidatar aos fundos comunitários 2030”.
João Carlos dos Santos disse que o que está previsto para o monumento é um “plano ambicioso” e recordou que desde 2012 a Direção-Geral do Património Cultural “investiu mais de três milhões e 400 mil euros em diversas intervenções” no Mosteiro da Batalha.
A empreitada, que decorre nos claustros D. João I e D. Afonso V e que custou mais de 1,1 milhão de euros, suportados em 85% por verbas comunitárias, “é única e emblemática” por incidir em “espaços icónicos” onde estão presentes “vários autores, épocas de construção distintivas e até fases estilísticas diferenciadas”, destacando-se “a unidade e a exuberância do manuelino”.
O diretor do Mosteiro da Batalha admitiu que o que está previsto pelo PRR “não é suficiente para as necessidades do monumento”.
“É seguramente um bom impulso, mas o novo quadro comunitário está perto e, à semelhança dos anteriores, acredito que bons e substanciais apoios poderão ser canalizados em benefício da conservação e requalificação do Mosteiro da Batalha”, disse hoje Joaquim Ruivo.
O diretor lembrou que cerca de 400 mil turistas visitam o museu todos os anos e lamentou que “os jovens portugueses conheçam mal o seu património e visitem-no pouco”.
E lançou um repto à secretária de Estado da Cultura: “A par de meios de conservação do património, a par do apoio à investigação, a par de mais eficazes dinâmicas de promoção turística, é necessário e urgente um pacto geracional”, para “criar e potenciar dinâmicas que motivem, entusiasmem, emocionem, vinculem as novas gerações no conhecimento, admiração e gosto pelo seu património”.
Fonte: Lusa | 27 de janeiro de 2023