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Arqueólogos da DGPC encontram vestígios da presença do abutre-barbudo no Abrigo do Lagar Velho

Especialistas do Laboratório de Arqueociências (LARC), da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), identificam a presença do abutre-barbudo (Gypaetus barbatus), no Abrigo do Lagar Velho, no Vale do Lapedo, em Leiria, na mesma época em que ali terão vivido grupos de caçadores do Paleolítico Superior, nomeadamente há 29.000 anos.

Quebra-ossos atuais nos Pirenéus – crédito: Fundación para la Conservación del Quebrantahuesos

Os resultados do estudo são agora publicados na Scientific Reports, da edição de hoje, 03 de janeiro, da revista Nature.

Esta descoberta decorre dos trabalhos de arqueologia que continuam a ser levados a cabo pelas especialistas da DGPC, nomeadamente Ana Cristina Araújo e Ana Maria Costa, em colaboração com Joan Daura e Montserrat Sanz, da Universidade de Barcelona, em torno do local onde foi sepultada uma criança do Paleolítico Superior que faleceu no decurso do seu quinto ano de vida, e que é internacionalmente conhecida como o Menino do Lapedo, sendo a primeira e ainda única sepultura do Paleolítico Superior a ser identificada em Portugal.

Esta descoberta decorre dos trabalhos de arqueologia que continuam a ser levados a cabo pelas especialistas da DGPC, nomeadamente Ana Cristina Araújo e Ana Maria Costa, em colaboração com Joan Daura e Montserrat Sanz, da Universidade de Barcelona, em torno do local onde foi sepultada uma criança do Paleolítico Superior que faleceu no decurso do seu quinto ano de vida, e que é internacionalmente conhecida como o Menino do Lapedo, sendo a primeira e ainda única sepultura do Paleolítico Superior a ser identificada em Portugal.

«Neste artigo é pela primeira vez descrito o excremento fossilizado de abutre-barbudo e proposto um novo morfotipo que poderá ser, a partir de agora, utilizado pelos investigadores de todo o mundo para a identificação desta ave no registo arqueológico», explicam as especialistas e acrescentam que «a caracterização (dos coprólitos) foi realizada a partir de estudos comparativos com excrementos de espécimenes atuais e a partir de análises morfométricas e composição química».

Para além da importância da identificação da presença destas aves no local há 29.000 anos, as fezes fossilizadas são por si só importantes elementos de informação. «Estes 2 excrementos são verdadeiras cápsulas de informação: o pólen ali armazenado, por exemplo, permite determinar quais as plantas (entre árvores, arbustos e ervas) que caracterizavam aquele espaço (a paisagem envolvente); as plantas, por sua vez, espelham condições climáticas específicas», afirmam as especialistas da DGPC e avançam que «conhecer os cenários ambientais é fundamental para compreender as opções/estratégias de sobrevivência das comunidades humanas e da sua relação com os animais, nomeadamente o abutre-barbudo, hoje extinto em Portugal e em grande parte da Europa».

O artigo agora publicado envolveu especialistas do Laboratório de Arqueociências, da DGPC, assim como da Universidade de Barcelona, tendo as investigações contado com o apoio e colaboração do Município e Museu de Leiria, do Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, do Centro de Rescate y Cría de Quebrantahuesos (CRIAH) e da Fundación para la Conservación del Quebrantahuesos (FCQ).

>> Aceda aqui ao artigo científico “The characterization of bearded vulture (Gypaetus barbatus) coprolites in the archaeological record”
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