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Museu de Lisboa aprofunda ligação à cidade e aos lisboetas
Através de visitas, percursos e simpósios, em 2023 o Museu de Lisboa aprofunda o trabalho de envolvimento com as comunidades lisboetas e de aproximação à realidade da cidade que representa.
Janeiro pauta-se pela colaboração com entidades como a Culturgest e o Museu Nacional de História Natural e da Ciência, com quem o Museu coorganiza o evento Confrontando o legado da escravatura nos museus e na memória social, que compreende uma conversa com Lonnie D. Bunch III (secretário do Smithsonian Institute), no dia 7 de janeiro, na Culturgest, e um simpósio, no dia 9 de janeiro, no MUNHAC.
No ano em que decorre em Lisboa a Jornada Mundial da Juventude, o Museu de Lisboa promove a exposição temporária Vita Prima – Os anos de Santo António em Portugal que percorre a vida de Fernando Martins de Bulhões, desde o nascimento em Lisboa à permanência em Coimbra até à saída do país. Numa parceria com os Bens Culturais da Igreja, museus e instituições universitárias, a mostra inaugura em junho, no Pavilhão Preto do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.
Destaque ainda para a exposição temporária Estranha é a repetição do gesto, sobre projetos desenvolvidos mas nunca concretizados para o Teatro Romano de Lisboa. Cassiano Branco, Ricardo Bak Gordon, Conceição e Silva, Daniela Hermano e João Carrasco são alguns dos arquitetos presentes nesta mostra, a inaugurar em maio, que pretende trazer para o espaço público uma reflexão sobre este monumento único da cidade.
O estreitar de ligações do Museu à sua cidade é reforçado com o programa de percursos PERCORRER LISBOA, que este ano inaugura seis passeios, sobre temas tão diversos como a transformação do papel da mulher na sociedade lisboeta, a evolução industrial da cidade e as idiossincrasias de bairros residenciais que se estendem para lá do seu centro, como o Bairro das Colónias ou as Avenidas Novas.
Este ano são também renovados esforços para afirmar o Museu de Lisboa como espaço que promove a acessibilidade, a sustentabilidade, a diversidade e a cidadania, através de atividades de curta duração, como é o caso das visitas, dos percursos e das oficinas, e de projetos de continuidade com escolas e instituições de apoio social, que têm vindo a desenrolar-se ao longo dos anos.
Um dos exemplos de sucesso destes projetos de longa duração é o Marcar o Lugar – Encontros no Museu, que este ano ganha uma nova dimensão, com visitas adaptadas e gratuitas destinadas a pessoas com demência e seus cuidadores.
Com uma programação abundante e variada, 2023 começa já a revelar-se um ano promissor no Museu de Lisboa.