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José Tolentino Mendonça vence primeira edição do prémio Ilídio Pinho
O prémio visa homenagear personalidades que se dedicam à “promoção e defesa dos valores universais da portugalidade”.
O cardeal português José Tolentino Mendonça venceu a primeira edição do prémio Ilídio Pinho, atribuído nesta quarta-feira pela fundação com o mesmo nome a personalidades que se dedicam à “promoção e defesa dos valores universais da portugalidade”.
De acordo com uma nota da sua editora, a Quetzal, a entrega do prémio, com um valor pecuniário de 100 mil euros, vai ter lugar na próxima segunda-feira, 19 de dezembro. O júri foi composto pelos presidentes da câmara de Lisboa, Porto e Vale de Cambra, e pelos reitores das universidades do Porto, Aveiro, Católica e Trás-os-Montes.
José Tolentino Mendonça foi em 26 de setembro nomeado pelo Papa Francisco prefeito do novo Dicastério para a Cultura e a Educação.
O Dicastério para a Cultura e Educação reúne as responsabilidades que até agora estavam atribuídas à Congregação da Educação Católica e ao Conselho Pontifício para a Cultura, ficando com a tutela, nomeadamente, da rede escolar católica do mundo inteiro, com 1360 universidades católicas e 487 universidades e faculdades eclesiásticas com 11 milhões de alunos e outras 217 mil escolas com 62 milhões de crianças. O cardeal madeirense Tolentino Mendonça também coordenará o diálogo da Igreja universal com o mundo da cultura.
José Tolentino Calaça de Mendonça, que foi criado cardeal em 5 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco, nasceu em dezembro de 1965 em Machico, ilha da Madeira, destacando-se como sacerdote, professor e poeta, tendo publicados cerca de 45 títulos, maioritariamente de poesia, mas também ensaio, teatro e teologia.
O cardeal português chegou ainda desempenhar funções de arquivista e bibliotecário do Vaticano. Iniciou os estudos de Teologia em 1982 e foi ordenado padre em 1990, tendo sido nomeado, em 2011, consultor do Conselho Pontifício da Cultura.
O cardeal recebeu vários prémios, designadamente Cidade de Lisboa de Poesia (1998), P.E.N. Clube Português/Ensaio (2005), o Prémio Literário da Fundação Inês de Castro (2009), Cassidorio il Grande (2020) e, já este ano, o Prémio Universidade de Coimbra.
Em 2020 foi distinguido com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva.
O sacerdote e escritor foi também agraciado pelo Estado Português com duas comendas: da ordem do Infante, em 2001, e da de Sant’Iago da Espada, em 2015. A Região Autónoma da Madeira atribuiu-lhe, em 2019, a Medalha de Mérito da Madeira.
por Lusa e Público | 14 de dezembro de 2022
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público