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Rui Miguel Tovar apresenta relato fiel da polémica participação portuguesa no Mundial de 2002

Numa altura em que a seleção portuguesa de futebol se apresenta em grande forma no polémico Mundial do Catar, Rui Miguel Tovar publica Lembrar Um Mundial para Esquecer, um livro em que recupera e analisa a traumática participação de Portugal no Campeonato do Mundo de 2002.


Passaram-se 20 anos desde que a chamada «geração de ouro» do nosso futebol foi eliminada com estrondo na fase de grupos, num jogo frente à organizadora Coreia do Sul que, além de duas expulsões e uma agressão ao árbitro, revelou surpreendentes debilidades na gestão técnica de uma das equipas mais fortes do torneio. Preparado a partir de uma série de entrevistas a vários dos intervenientes, este é o relato mais fiel de um mundial para esquecer que, por isso mesmo, vale a pena lembrar. Uma edição Guerra e Paz para amantes de futebol, Lembrar Um Mundial para Esquecer estará disponível, quer na rede livreira nacional, quer no site da editora, a partir do dia 29 de novembro de 2022.

Coreia do Sul, maio de 2002. É o Mundial. E Portugal é uma das seleções mais fortes: Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto, Vítor Baía – nomes de uma geração de ouro – elevavam as expetativas dos portugueses, que acreditavam poder chegar longe na competição. Ambição que viria a ser rapidamente derrubada. Após uma improvável derrota contra os Estados Unidos da América e uma vitória contra a Polónia, Portugal jogava o tudo ou nada contra a co-organizadora do Mundial, Coreia do Sul. 

Porém, este foi um jogo horribilis para a equipa portuguesa, com a expulsão de Beto, a agressão ao árbitro mexicano Angel Sanchez por parte de João Vieira Pinto, que também foi expulso, e, a 20 minutos do final, o golo de Park Ji-sung, que viria a dar a vitória aos coreanos. A seleção voltaria assim a Portugal com apenas três pontos em três jogos, numa participação envolta em polémica e surpresa, não apenas pela precoce eliminação na fase de grupos, mas por tudo o que a envolveu.  

Duas décadas depois, Rui Miguel Tovar, jornalista desportivo, que colabora habitualmente na RTP, no zerozero.pt e na Rádio Renascença, recupera esta página do futebol português que todos quisemos apagar da memória no livro Lembrar Um Mundial para Esquecer. Uma notável e impiedosa prosa irónica, apoiada em entrevistas a alguns dos protagonistas, mostra-nos o que correu mal e porquê, na curta caminhada da seleção naquele torneio.  

Entre os muitos episódios que o livro recupera, está este, que revela bem a forma displicente como a competição foi preparada: «No jogo com a Coreia, ainda 0-0 e Portugal vê-se reduzido a nove, com a expulsão de Beto. Faz então António Oliveira a primeira substituição: sai Pauleta, entra Jorge Andrade. «Disse-me: “Vais jogar ali no meio-campo.” Passada uma jogada: “Não, vais jogar a central.” Depois: “Não, vais jogar a lateral direito.” Algum tempo depois, entrou o Nuno Gomes e o Oliveira disse-lhe: “Vais entrar para o lugar do Jorge Andrade.” “Mas, míster, o Jorge entrou agora”, respondeu o Nuno. “Ah, então vais para o lugar do Petit.”»

Além dos relatos dos jogadores, o livro inclui o célebre relatório de 69 pontos que o ex-vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol António Boronha elaborou na sequência da má campanha no Mundial e que analisa todo o percurso da seleção, desde o final da fase de qualificação até ao regresso de Seul. 

Um retrato cruel da caminhada da seleção no Mundial da Coreia-Japão, Lembrar Um Mundial para Esquecer está disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 29 de novembro de 2022, numa edição Guerra e Paz fundamental para todos os adeptos do desporto rei.

Lembrar Um Mundial para Esquecer
Não-Ficção / História
144 páginas · 15x23 · 15,00 €
Guerra e Paz Editores 

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