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"Os Portugueses no Japão, 1860-2010, Cronologia das Relações Luso-Nipónicas"
Obra de Eduardo Kol de Carvalho, editada com a chancela de Sociedade de Geografia de Lisboa.
Os portugueses foram os primeiros ocidentais a chegarem ao Japão em 1543 quando três aventureiros a bordo de um junco chinês e impelidos por um tufão aportaram a Tanegashima.
Mercê do bom acolhimento recebido, António da Mota, António Peixoto e Francisco Zeimoto ofereceram ao senhor local a espingarda que traziam consigo, introduzindo no Japão a primeira arma de fogo. Os japoneses rapidamente reproduziram a espingarda que permitiu pouco depois a um dos senhores feudais, Oda Nobunaga, iniciar a reunificação do Japão. Por seu turno os portugueses de Malaca, depois estabelecidos em Macau, iniciaram o lucrativo trato entre o Japão e a China, trocando a seda chinesa pela prata japonesa.
Este comércio foi apoiado pelos Jesuítas que após a missão de S. Francisco Xavier elegeram o Japão como palco privilegiado para a missionação. Entre 1543 e 1629, além das trocas comerciais, portugueses e japoneses envolveram-se num intercâmbio cultural e tecnológico que levou a modernidade ao Japão.
Após sucessivos éditos anticristãos, os portugueses foram definitivamente expulsos em 1639, data a partir da qual o Japão se isolou do mundo. As relações luso-nipónicas são retomadas quando, na sequência da abertura do arquipélago ao trato internacional, Isidoro Guimarães, Governador de Macau é mandatado pelo Governo da coroa para negociar um Tratado de Paz, Amizade e Comércio, que é firmado entre as duas nações em 1860.
A obra, Os Portugueses no Japão, 1860-2010, Cronologia das Relações Luso-Nipónicas de Eduardo Kol de Carvalho, editada com a chancela de Sociedade de Geografia de Lisboa e que agora se apresenta, num, tão exaustivo quanto possível, levantamento cronológico, revela as pegadas dos portugueses em 150 anos, e elenca factos e acontecimentos, no Japão, que procuram dar a conhecer o vigor das relações luso-nipónicas, naquele período.
Para além da edição fac-simile do Tratado, o livro inclui uma súmula do século namban (1543-1639), versão do Tratado e respectivo Regulamento, a Cronologia e uma síntese crítica da história de século e meio de relações. (SGL, 2022 - 751pgs.)