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Prémio LeYa 2022 atribuído ao romance "A Arte de Driblar Destinos", de Celso José da Costa
O Prémio LeYa 2022 é atribuído por unanimidade ao romance «A Arte de Driblar Destinos», de Celso José da Costa, nele se destacando uma saga familiar que reflecte muito bem, com ritmo e vivacidade, o mundo social do interior do Brasil.
O tema é o processo de educação de um jovem em contextos nem sempre fáceis, e joga entre o pícaro e o trágico, num equilíbrio que se mantém desde o início, quando o narrador evoca o fascínio que sobre ele exerce, aos cinco anos, a trupe que vai montar o espetáculo de uma tourada, até à evocação de personagens que ganham uma força mítica, como o coveiro ou o Faquir sertanejo. Ressalta o modo como o narrador vai encontrando o seu caminho escolar com a matemática ganhando um ascendente que o levará, no final, a ser encaminhado para completar os estudos na cidade de Curitiba, deixando para trás os espaços em que decorrera a infância e a adolescência. Como qualidades a destacar, temos a forma como se organiza a estrutura romanesca e a limpidez da narrativa que nos permitem seguir um mundo de estoreas que nos obrigam a seguir a leitura como se ouvíssemos a voz e as vozes que por ela perpassam.
Usando o pseudónimo Fagundes Andrade, o autor chama-se Celso José da Costa.
À presente edição do Prémio LeYa concorreram 218 originais, oriundos de Portugal, Alemanha, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra, Japão, Moçambique e Polónia.
Sobre o autor
Nascido no estado do Paraná, Brasil, em 1949, Celso José da Costa é um matemático conhecido por ter descoberto a Superfície Costa. Obteve um doutoramento no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Rio de Janeiro, em dezembro de 1982, com uma tese na área de geometria diferencial. Atualmente é professor titular da Universidade Federal Fluminense, onde lidera um grupo de pesquisa em geometria diferencial.
Júri
O júri da presente edição do Prémio LeYa é formado pela escritora e poeta angolana Ana Paula Tavares, a jornalista, escritora e crítica literária portuguesa Isabel Lucas, o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck e, ainda, por Lourenço do Rosário, Professor de Letras, fundador e antigo reitor da Universidade Politécnica de Maputo, José Carlos Seabra Pereira, Professor de Literatura Portuguesa na Universidade de Coimbra, Nuno Júdice e Manuel Alegre (Presidente do Júri), ambos poetas e escritores.
Sobre o Prémio LeYa
Conheça aqui o historial do Prémio LeYa através dos vencedores e finalistas publicados desde 2008.