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Joalharia do Carmo dedica-se exclusivamente à Filigrana de Portugal Certificada

Não é meramente Filigrana. É Filigrana de Portugal e é certificada. Prestes a completar 100 anos, uma das mais antigas joalharias de Lisboa desafia o princípio do modelo económico convencional do setor, virando-o do avesso.

Foto: Filigrana de Portugal Foto: Município de Gondomar Foto: Inês Barbosa


Fundada em 1924 na Rua do Carmo, a Joalharia do Carmo é uma Loja com História, assim classificada pela Câmara Municipal de Lisboa por preservar intacta a sua identidade original, mantendo-se uma fiel guardiã da arte da joalharia e da ourivesaria portuguesa. A fachada, da autoria do arquiteto Norte Júnior, inspirou o conceito do espaço. Um faustoso coração dourado e coroado – traço característico do espírito da época em que foi construído – marca a relação com a Filigrana. 

A localização privilegiada no Chiado coloca a Joalharia do Carmo no centro da capital e do movimento pedonal da cidade, da mesma forma que o seu passado carregado de história e vinculado à Filigrana a coloca no epicentro da joalharia e da ourivesaria nacionais. Seria de esperar que manter a porta aberta fosse motivo mais do que suficiente para que o negócio fluísse com sucesso. E fluía. 

Mas faltava dar verdadeiro sentido à arte e à história da Filigrana de Portugal e dos filigraneiros. Faltava dar palco aos artesãos que acreditam e que persistem, ainda hoje, na Filigrana feita à mão com técnicas e utensílios ancestrais, ainda que o reconhecimento lhes faltasse e que, como tal, fossem cada vez mais raros os que se dedicam a esta arte. Até agora. 

No ano que antecede o seu 100º aniversário, a Joalharia do Carmo renunciou à venda de qualquer peça que não seja Filigrana Certificada, concentrando 100% da sua oferta em peças que exibem uma punção e uma etiqueta de certificação a comprovar a sua singularidade, tornando-as mais facilmente reconhecidas e identificadas como autênticas. Quem ousaria fazê-lo, eliminando os benefícios de um negócio multissetorial?  

Um protocolo que firma um modelo de economia social, com foco nos artesãos
O norte do país narra a história da Filigrana em Portugal. É ali que a arte ganha forma em prata e em ouro português de 19,2 quilates, um dos mais puros e procurados do mundo. 

Com um protocolo de cooperação para a promoção e divulgação da certificação da Filigrana de Portugal Certificada assinado na Joalharia do Carmo, em Lisboa, o Grupo O Valor do Tempo (que detém a Joalharia do Carmo), os Municípios de Gondomar e Póvoa de Lanhoso e a A.Certifica (organismo de certificação), firmam uma parceria num evento que conta também com a presença dos artesãos, enchedeiras e ourives. São eles os convidados de honra e é sobre eles que a Joalharia do Carmo direciona os holofotes, ao testemunharem a assinatura do protocolo que os coloca em destaque num espaço que lhes passa a ser, e à sua arte, exclusivamente dedicado. 

Para Luís Monteiro, artesão da Oficina do Ouro, “A produção de peças de Filigrana Certificada tem vindo a ganhar mais reconhecimento por força da sua qualidade e, acima de tudo, do empenho do Grupo O Valor do Tempo na sua representação na Joalharia do Carmo. Considero que o fabrico de peças certificadas e o seu conhecimento devem continuar a crescer, fazendo, por isso, todo o sentido a integração desta arte tão bela no coração de Portugal. É um tipo de produção que exige um olhar minucioso e um tanto perfecionista, que exige um olhar curioso e sobretudo é uma arte que faz apaixonar quem observa ao pormenor todo o processo de execução e detalhes. Portanto, não fará sentido deixar de proporcionar a todos, portugueses e estrangeiros, a oportunidade de evidenciar a beleza da Filigrana de Portugal Certificada”. 

Este é o modelo de economia social em que o Grupo O Valor do Tempo aposta e acredita, que prova ser economicamente viável e que defende os que estão na origem da cadeia de valor. Já o fez com o Figurado de Barcelos e com os produtos endógenos da fileira da ovelha Bordaleira da Serra da Estrela. Chegou agora à Filigrana de Portugal.  

O que pode ser mais raro e belo que uma joia única? 
Equilíbrio perfeito entre tradição e inovação, história e modernidade, esta aposta em peças únicas atesta que uma joia esconde prazeres reservados apenas a quem a possui; a certificação é garantia de autenticidade para quem compra. 

Para Bárbara Sousa, que gere o projeto, “Cada joia encerra em si uma história, uma memória perpetuada na eternidade. E se por muito tempo o seu valor estava intrinsecamente ligado ao custo físico, hoje o valor reside na história, nos bastidores. A Filigrana é uma arte geracional, que ao saber-fazer dos artesãos acrescenta design e inovação. Preservando a tradição, a Joalharia do Carmo compromete-se a manter o legado desta arte tão portuguesa, garantindo a comercialização em exclusivo de peças certificadas.” 

Com design tradicional ou contemporâneo na Filigrana que se engrandece com safiras ou diamantes, a Joalharia do Carmo é hoje a montra da verdadeira Filigrana de Portugal Certificada. Uma das mais fiéis representações da cultura popular portuguesa é agora apresentada ao mundo como símbolo maior e distintivo da joalharia nacional, no único espaço do país que comercializa, em absoluto exclusivo, peças certificadas.  

www.joalhariadocarmo.pt  

Sobre o Grupo O Valor do Tempo 
O Grupo O Valor do Tempo foi criado em 1994, em Seia, e a sua primeira expressão pública surgiu em 2002, com a abertura do Museu do Pão. Mais de 25 anos depois da sua fundação, o grupo privilegia uma abordagem assente no valor acrescentado do produto feito à mão que atesta que inovação não é sempre sobre tecnologia. 

O nosso respeito pela dimensão humana e uma missão focada em democratizar o acesso à cultura, conjugando-a com a economia em claro benefício mútuo, permite-nos dar primazia às pessoas e à História, dois dos grandes pilares da nossa organização, através de um modelo económico reorganizado, que coordena os sistemas de produção e de consumo em prol da valorização da economia local e da sustentabilidade. 

Para garantir a adequada valorização dos produtos portugueses históricos com os quais trabalha, o grupo aposta numa forte proximidade ao consumidor final através dos setores do turismo e do lazer, contando com 45 espaços em Portugal, através de quinze marcas insígnia: Museu do Pão, Museu da Cerveja, Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, Quinta da Lagoa, Silva & Feijóo, Casa Pereira da Conceição, Confeitaria Peixinho, Comur, Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, Hästens Sleep Spa - CBR Boutique Hotel, A Brasileira do Chiado, Mensagem de Lisboa, Joalharia do Carmo e Figurado de Barcelos – O Valor do Tempo. 

www.ovalordotempo.pt 

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