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Adriana Proganó é a vencedora do Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2022

A escolha foi feita por unanimidade por um júri presidido por Vera Pinto Pereira (presidente da Fundação EDP) e composto por Amanda Carneiro (curadora), Luisa Cunha (artista), Marcio Doctors (crítico de arte e curador), Ana Rito (artista, curadora e investigadora) e Miguel Coutinho (administrador executivo e diretor geral da Fundação EDP).

Foto de Vasco Vilhena


De acordo com o júri “o trabalho apresentado pela artista Adriana Proganó destacou-se pela ousadia ao produzir algo inédito dentro da sua própria trajetória, em diálogo com os temas e as linguagens a que se tem dedicado.”. O júri salientou ainda “a singularidade desta proposta, que, aliando ironia e humor à critica institucional, apresenta um olhar renovado da prática da pintura e do seu prolongamento no campo do objeto.”

O júri decidiu ainda conceder uma Menção Honrosa a Bruno Zhu, pela particularidade da sua linguagem, que incorpora outros campos da visualidade como o design e a moda na sua prática artística, recorrendo a elementos pessoais, despersonalizando-os.

À pessoa vencedora é atribuído um prémio monetário no valor de 20 mil euros.

A 14ª edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP teve como finalistas, entre mais de 700 candidaturas, Adriana Proganó, Andreia Santana, Bruno Zhu, Maria Trabulo, René Tavares e Rita Ferreira.

Os seis artistas participam numa exposição coletiva que está patente até 6 de fevereiro de 2023, no maat, e que tem curadoria de Luís Silva, Luísa Santos e Sara Antónia Matos.

O júri da premiação salienta a qualidade geral das propostas apresentadas pelos seis finalistas, bem como, o trabalho desenvolvido pela equipa curatorial na produção da exposição. Na linha das edições anteriores do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, o júri destaca que a escolha deste grupo de artistas expressa bem o espírito do momento atual da arte e das preocupações de uma geração.

Instituído em 2000, o Prémio Novos Artistas Fundação EDP é reconhecido como um dos mais significativos no panorama artístico nacional, tendo distinguido desde a primeira edição os artistas Joana Vasconcelos, Leonor Antunes, Vasco Araújo, Carlos Bunga, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, João Leonardo, André Romão, Gabriel Abrantes, Priscila Fernandes, Ana Santos, Mariana Silva, Claire de Santa Coloma e Diana Policarpo. Ao longo de duas décadas de história, com dimensão pública crescente, o Prémio Novos Artistas contou com a participação de dezenas de artistas, mapeando a trajetória de sucessivas gerações do universo artístico nacional.

Sobre o júri

Vera Pinto Pereira é licenciada em Economia pela Universidade NOVA de Lisboa e tem um MBA do INSEAD. Iniciou a sua carreira em consultoria na Mercer Management Consulting (atual Oliver Wyman) e após terminar o MBA foi sócia fundadora da Innovagency Consulting. Em 2003 entrou para o setor das Telecomunicações onde foi Diretora do Serviço de TV da TV Cabo Portugal – PT Multimédia (atual NOS), e depois Diretora do Serviço de TV do MEO na Portugal Telecom (atual Altice). Em 2014 foi nomeada Vice-Presidente Executiva e Diretora-Geral de Espanha e Portugal da Fox Networks Group. Em abril de 2018 foi eleita para exercer funções como membro do Conselho de Administração Executivo do Grupo EDP, sendo atualmente CEO da EDP Comercial e membro do Conselho de Administração da EDP Espanha, EDP Renováveis e EDP Brasil. É ainda Presidente do Conselho de Administração da Fundação EDP. Adicionalmente, é membro da Direção do Instituto Português de Corporate Governance, desde junho de 2019 e integra o Conselho de Administração da ChargeUp Europe, desde setembro de 2020. Mais recentemente, em fevereiro de 2021, assumiu a Presidência da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa e, desde maio de 2021, é membro do Conselho de Administração da Fundação Alfredo de Sousa. 

Amanda Carneiro é curadora no Museu de Arte de São Paulo e co-editora da Revista Afterall. Graduou-se e é mestre pela Universidade de São Paulo, onde atualmente realiza o doutoramento. Recentemente, co-organizou o catálogo e a mostra Sonia Gomes: ainda assim me levanto, Leonor Antunes: vazios, intervalos e juntas, e Histórias brasileiras, no MASP. Foi júri do 7o prêmio edp nas artes realizado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo no ano de 2020. 

Luisa Cunha nasceu em Lisboa em 1949. Curso Avançado de Escultura no Ar.Co – Escola de Artes Visuais, Lisboa. Expõe desde 1993. Distinguida com o Grande Prémio Fundação EDP Arte 2021. As suas exposições individuais incluem, entre outras, O material não aguenta, Atelier Museu Júlio Pomar; Luisa Cunha, exposição antológica, Fundação de Serralves, 2007; Words for Gardens, Chiado 8, 2006. Das várias exposições coletivas destacam-se 34ª Bienal de São Paulo, 2021; Grito (The Cry), MUSAC, Léon, Espanha, 2021; I’m Not Here, an Exhibition Without Francis Alÿs, De Appel Arts Centre, Amesterdão, 2010; IV Bienal de Jafre, Espanha, 2009; Oh! Galeria Miguel Nabinho, Lisboa, 2008; Stream, Whitebox, Nova Iorque 2007; Partitura, Casa da Música, Porto, 2007; The Invisible Show, exposição itinerante por Center for Contemporary Art, Tel Aviv, Israel, 2007; Centro José Guerrero, 2007 e MARCO – Museo de Arte Contemporánea, Vigo, 2006; Sydney Biennial, Austrália, 2004; Jornadas de arte contemporânea, Palácio do Freixo, Porto, 1996; Peninsulares, Galeria de Astoni Estrany, Barcelona, 1995.

Representada pela Galeria Miguel Nabinho. Está representada em várias coleções: Ministério da Cultura; Câmara Municipal de Lisboa, Caixa Geral de Depósitos, Fundação de Serralves; Fundação PLMJ; Museu das Comunicações; Fundação Calouste Gulbenkian; Ar.Co – Escola de Artes Visuais; Coleção Figueiredo Ribeiro; Coleção de Arte Fundação EDP; Coleção António Cachola; Coleção FLAD; Coleções Privadas.

Marcio Doctors é crítico de arte e curador da Casa Museu Eva Klabin. Idealizador e curador do Projeto Respiração e do Espaço de Instalações Permanentes do Museu do Açude. Foi assessor de Mário Pedrosa e crítico da coluna de artes visuais de O Globo. É mestre em Estética pela UFRJ e curador de várias exposições. É autor dos livros Projeto Respiração (2012) e Respiração: 10 anos (2014). 

Ana Rito (1978, Portugal) é Doutorada em Belas Artes pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, na especialidade de Instalação. Desenvolve, desde 2000, projetos que cruzam a prática artística e curatorial. É atualmente Investigadora Integrada do CEIS20, sendo Coordenadora da linha de investigação Arte e Performance.

Leciona nos Cursos de Mestrado em Estudos Curatoriais e de Doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra do qual é Sub-Diretora. Curadora da 17ª edição da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira (2022).

Miguel Coutinho é administrador executivo e director geral da Fundação EDP desde janeiro de 2015. Estava, desde abril de 2012, à frente da Direção de Relações Institucionais e Stakeholders da EDP. Licenciado em Direito, e com o Programa de Alta Direção da AESE/IESE, Miguel Coutinho iniciou o seu percurso profissional no Ministério dos Negócios Estrangeiros, representando Portugal em Bruxelas em vários grupos de trabalho na área da Cooperação e Desenvolvimento durante a Primeira Presidência Portuguesa da então Comunidade Económica Europeia.

A partir de 1993 enveredou pelo jornalismo, tendo dirigido publicações como a revista Focus, Semanário Económico, Diário Económico e Diário de Notícias. Entre 2006 e 2012, ano que integrou o grupo EDP, fundou e administrou empresas ligadas à comunicação estratégica corporativa e gestão de stakeholders e aos media em Portugal, Brasil e Angola.

Biografias dos artistas

ADRIANA PROGANÓ (1992, Lucerna, Suíça) vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Com uma licenciatura e uma pós-graduação em Artes Plásticas pela ESAD.CR, estudou ainda pintura na Accademia di Belle Arti di Venezia, em Itália, entre 2015 e 2016. Em 2020, esteve em residência artística na Thirdbase, em Lisboa. Expõe com regularidade desde 2017, destacando-se as seguintes exposições individuais: Garden, Galeria Lehmann + Silva, Porto, 2018; BAD BEHAVIUOUOR, Galeria da Boavista, Lisboa, 2019; Oouups, Galeria Zé dos Bois, Lisboa, 2019; Somos todos patos a querer ser cavalos, Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Almada, 2020. Entre as exposições coletivas, salientam-se: Bienal Internacional de Arte de Cerveira, 2017; A Sonic Youth, Galeria Municipal de Arte, Almada, 2019; Homework, Galeria Madragoa, Lisboa, 2020; Coleção Outono–Inverno, Livraria Bertrand, EGEAC, 2021.

ANDREIA SANTANA (n. 1991, Lisboa, Portugal) vive e trabalha em Nova Iorque. Licenciada em Artes Plásticas pela ESAD.CR, participou no Programa Independente de Estudos da Maumaus, em Lisboa, e fez o MFA Studio Art, na Hunter College – CUNY, com uma bolsa Fulbright/Fundação Carmona e Costa. O seu trabalho foi apresentado internacionalmente em várias instituições, destacando-se: Centro Cultural de Belém; Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves; In extenso (Clermont-Ferrand, França); CIAJG; Hangar – Centro de Investigação Artística; Spazio Leonardo/Leonardo Assicurazioni–Generali Milano; Museu de Arte Contemporânea de Elvas; Galeria Filomena Soares; Galeria Municipal do Porto; Peninsula Art Space (Nova Iorque); Galerias Municipais de Lisboa; Chiado 8. Santana recebeu vários prémios, bolsas e apoios, entre os quais: Prémio NOVO BANCO Revelação; bolsa do Programa de Apoio às Artes Visuais, da Fundação Calouste Gulbenkian; apoio Criatório (PLÁKA – Câmara Municipal do Porto); DucatoPrize (Parma e Piacenza); apoio Expositions – Gulbenkian, da Fondation Calouste Gulbenkian – Délégation en France (Paris).

BRUNO ZHU (n. 1991, Porto, Portugal) é um artista que vive e trabalha entre Amesterdão e Viseu. Recentemente, apresentou projetos em: HALLE FÜR KUNST Steiermark (Graz); X Museum (Pequim); Fri Art (Friburgo); Frans Hals Museum (Haarlem); UKS (Oslo); Kunsthalle Lissabon (Lisboa). Zhu é um membro de A Maior, um projeto expositivo no interior de uma loja de roupa e artigos para o lar, em Viseu.

MARIA TRABULO (n. 1989, Porto, Portugal) vive e trabalha entre o Porto e Berlim. A sua prática artística é marcada por uma abordagem interdisciplinar. Exibe o seu trabalho regularmente, de forma individual e coletiva, em variados contextos expositivos. Tem realizado residências artísticas com frequência, nomeadamente na Alemanha, na Áustria, em França, na Grécia, em Itália, no Irão e em Portugal. Cofundou o espaço In Spite Of (2018–2020) e o projeto Expedição (2013–2015), ambos no Porto. Trabulo concluiu o mestrado em Art & Science da Universität für angewandte Kunst Wien (Viena) e é licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Recentemente, apresentou exposições e projetos em: Towards Gallery, Toronto; Les Laboratoires d'Aubervilliers, Paris; Galeria Municipal do Porto; Deegar Platform, Teerão; Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves; Neue Galerie – Tiroler Künstlerschaft, Innsbruck; Bode-Museum, Berlim; Galeria da Boavista, Lisboa; See You Next Thursday, Viena.

RENÉ TAVARES (n. 1983, São Tomé e Príncipe) vive e trabalha em Lisboa. É formado pela École Nationale des Beaux-Arts de Dakar (agora, École Nationale des Arts), Senegal. Em 2008, ganhou uma bolsa na École régionale des beaux-arts de Rennes (agora, parte da École européenne supérieure d’art de Bretagne, França), para aí desenvolver as suas pesquisas plásticas, tendo integrado paralelamente o curso de fotografia do projeto ARC/Rennes. Em 2011, foi admitido no Mestrado em Ciências da Arte e do Património, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. As suas obras já estiveram expostas em espaços e eventos como: afrOURban (EUA); El Pueblo Resistente (Venezuela); Chaillot – Théâtre national de la Danse (França); Museu da Cidade (agora, Museu de Lisboa – Palácio Pimenta); Biennale Architettura di Venezia (Itália); Norval Foundation (Cidade do Cabo); Academia de Caligrafia Chinesa de Ningxia (China); Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe. Mais recentemente, foi nomeado Africa’s Most Influential New Artistic Talent, na edição de 2018 da FNB Art Joburg, em Joanesburgo, África do Sul.

RITA FERREIRA (n. 1991, Óbidos) vive e trabalha em Lisboa. É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Em 2020, recebeu o Prémio Aquisição Fundação Millennium bcp – Talento Emergente e, em 2016, venceu a Bolsa Jovens Criadores, do Centro Nacional de Cultura. Exibe regularmente o seu trabalho, do qual se destacam as seguintes exposições individuais: Mal-me-quer, Galeria 3+1 Arte Contemporânea, Lisboa, 2020; Parasita, Travessa da Ermida, Lisboa, 2019; Tara, F2 Galería, Madrid, 2019; Boca Seca Coluna Húmida, Galeria Diferença, Lisboa, 2017. Entre as exposições coletivas, salientam-se: Babadum!, Rita Ferreira & Jorge Varanda, Uppercut, Lisboa; Um corpo, um rio, Galeria Liminare, Lisboa; Pintura: Campo de Observação, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa; Um Galo Sozinho Não Tece Uma Manhã, Quinta do Quetzal, Vidigueira; Mais nada se move em cima do papel, Centro de Artes de Águeda; A Terceira Margem, Anozero’19 Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, Coimbra; FOCUS: Portugal, Art Toronto, Toronto; Tudo o que é profundo ama a máscara, Galeria 3+1 Arte Contemporânea, Lisboa.

Sobre o maat 

Inaugurado em outubro de 2016 no contexto da política de mecenato cultural há muito assumida pela Fundação EDP, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (maat) é uma instituição internacional que se dedica a promover o discurso crítico e a prática criativa com vista a suscitar novos entendimentos sobre o presente histórico e um compromisso responsável para com o futuro comum. Situado na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, em Lisboa, o campus da Fundação EDP abrange uma área de 38.000 metros quadrados que engloba uma central termoelétrica reconvertida — a Central Tejo, edifício emblemático da arquitetura industrial construído em 1908 — e um novo edifício desenhado pelo estúdio de arquitetura londrino AL_A (Amanda Levete Architects). Ambos acolhem exposições e eventos programados pelo maat e estão ligados por um jardim projetado pelo arquiteto paisagista libanês Vladimir Djurovic.

Sobre o maat ext. (extended) | https://ext.maat.pt/

maat ext. é a plataforma de conteúdos online que agrega, liga e expande o alcance das ações do museu na esfera digital. Um espaço de ideação especulativa e partilha de conhecimento, onde coexistem diferentes proposições criativas especificamente pensadas para ele. Os conteúdos são organizados por secções – Bulletin, Open Sources, Longforms, Cinema e Antenna –, e podem ser navegados tematicamente seguindo linhas de leitura classificadas (com #...) na página Topics.

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