Enric Vives-Rubio fotografou o seu primeiro livro. E lançou uma campanha de crowdfunding para publicar ‘CONFINS’, uma edição de autor sobre os limites da cidade de Lisboa, em dias de confinamento. 

Confinis: A fronteira

A palavra confim (mais usada no plural) parece ter sido sempre utilizada como sinónimo de área remota, de localidade distante, de extensão de terra. A expressão confins do mundo nos remete a um lugar imaginário onde tudo é possível. Entretanto, etimologicamente falando, o termo confins vem do latim confinis que significa fronteira que, com a pandemia da Covid?19, vem para recuperar a essência do real significado com a palavra confinamento.

Um projeto do confinamento

Nos meses de Fevereiro e Março de 2021 tornou?se proibido sair do concelho de residência aos fins de semana. A partir desse encerramento obrigatório no concelho, surgiu a ideia deste trabalho. Percorrer a pé os limites de Lisboa tentando (quando possível) caminhar na linha que separa a capital do resto dos concelhos limítrofes, ou na impossibilidade, o mais perto possível dela. Encontrou?se pequenas florestas, caminhos de terra, muros recém?construídos, muralhas antigas e, claro, o rio Tejo. As fronteiras físicas e as naturais foram impondo o ritmo e os limites do caminhar pelos limites do concelho de Lisboa.

A fotografia como reflexão

Em grande medida, esse projeto fotográfico é um trabalho meditativo sobre o território e confinamento, que nos leva a refletir sobre fronteira, limites, restrições, solidão, vazio e, também a revisitar espaços próximos e afastados geograficamente do centro da cidade no contexto de um confinamento. Por isso também, além das pessoas ? que por ali transitam de forma "higiênica"?, a natureza também se mostra bucólica e nos leva a questionar até quando temos que nos limitar às fronteiras que se levantam por onde possamos caminhar.

Confins. O livro

Este projeto fotográfico foi pensado para ser publicado em livro. Não só como simples suporte para visualizar as fotografias senão também como objeto artístico. O livro nos permite novas leituras das imagens, acrescentado valor às fotografias e levar o leitor a olhar para além das imagens.
Além do miolo fotográfico, o livro apresenta mais duas facetas importantes: os textos que nos apresentam o trabalho de forma teórica e literária; e a concepção gráfica do livro que permite compreender o caminho tomado no livro.

Textos

O livro terá dois textos de cariz bem diferente. Originais em português mas traduzidos ao catalão e ao inglês.
Um deles será um texto literário escrito pelo escritor Rui Cardoso Martins, jornalista e autor de vários livros (a destacar o “Deixem passar o homem invisível” premiado pela Associação Portuguesa de Autores).
O outro é um texto teórico de apresentação da autoria da Lorena Travassos, doutora em fotografia pela Universidade Nova de Lisboa e também fotógrafa.

Design e paginação

O design, o grafismo e a paginação são resultado de uma estreita colaboração com o Studio WABA.
A proposta da equipa de designers é que a ideia de limite que propõe o trabalho fotográfico seja um conceito também presente na parte gráfica do livro. Da mesma maneira as referências de localização estão presentes muito sutilmente ao longo do livro e ajudam ao leitor a se localizar.

Especificações técnicas do livro

Tamanho: 20x14cm
Número de páginas: 80 páginas Aprox.
Tiragem: 200 exemplares.
Idioma: Edição trilingue. Português com traduções ao Catalão e ao Inglês.
PVP: 30 euros

Sobre o promotor
ENRIC VIVES-RUBIO (Barcelona, 1981) é um fotojornalista que vive em Lisboa desde 2004. Estudou fotografia no IEFC (Institut d’Estudis Fotogràfics de Catalunya) e fez uma pós-graduação em Fotojornalismo na UAB (Universitat Autònoma de Barcelona). Em 2004 muda-se para Lisboa onde estagiou n’O Independente e no Público. Trabalhou no Correio da Manhã e, em 2005, começou a sua etapa profissional no jornal Público, onde foi fotojornalista durante 11 anos, até 2017.

Atualmente é fotojornalista freelancer, colabora em vários projetos culturais como Primeira Vez, a Orquestra sem Fronteiras, o teatro Lu.Ca entre outros.

Ao longo da sua carreira, o seu trabalho foi reconhecido por vários prémios. Entre eles, deve destacar-se que foi finalista do Prémio Internacional de Fotografia Humanitária Luís Valtueña, em 2006, com um trabalho sobre os bairros de barracas de Lisboa; obteve uma menção honrosa no Prémio Visão, em 2008, com um retrato do Dalai Lama; ganhou o primeiro prémio na categoria notícias da Estação Imagem com um trabalho sobre as inundações na Madeira, em 2011; e ganhou o prémio mais importante do jornalismo em Portugal, o Prémio Gazeta de Fotografia de 2017, com uma fotografia dos 400 carros incendiados no Festival Andanças.

Orçamento e Calendarização
O orçamento de esta campanha é dedicado exclusivamente à produção do livro CONFINS, e servirá para que chegue às tuas mãos.

Design: 14%
Textos e traduções: 12%
Impressão: 60%
Comissão PPL (5%+ IVA) e métodos pagamento (2,5% + IVA): 9,2%
Portes de envio: 4,8%

Total: 5000 euros

Calendarização

ETAPA 0 | 15 Setembro: Inicio de campanha de divulgação do livro CONFINS com teasers

ETAPA 1 | Segunda quinzena de setembro: Inicio da campanha na PPL para a pré-venda do livro CONFINS

ETAPA 3 | Até 31 de outubro ter pre vendido 150 livros entre as várias opções de recompensa.

ETAPA 4 | 31 de Outubro: fim da campanha de pré-venda do livro CONFINS

ETAPA 5 | Novembro: Finalização por parte do STUDIO WABA dos últimos pormenores gráficos e de paginação do livro CONFINS

ETAPA 6 | Dezembro: O livro vai a máquinas!

ÚLTIMA ETAPA! Dezembro/Janeiro: Lançamento do livro CONFINS e entrega das recompensas.

» CONTRIBUIR «
Esta campanha iniciou-se em 13/09/2022 e só será financiada se angariar um mínimo de 5 000€ até 31/10/2022 - 18:00