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"O Muçulmano e a Judia"

Investigação histórica de Ronen Steinke revela como um médico árabe salvou uma jovem judia na Berlim de Hitler.


Quem foi Mohammed Helmy, o primeiro árabe a ser homenageado com o título de «Justo entre as Nações» pelo memorial israelita das vítimas do holocausto, Yad Vashem? Como conseguiu este médico egípcio salvar uma jovem judia em plena Alemanha nazi? Decidido a homenagear este ato de bravura e humanidade, até aqui praticamente anónimo, o repórter alemão Ronen Steinke partiu para uma profunda investigação histórica da qual resultou O Muçulmano e a Judia, um livro que nos fala, pela primeira vez, do papel da comunidade islâmica em Berlim na resistência ao Terceiro Reich. Um relato tão cativante quanto factual, O Muçulmano e a Judia chega agora a Portugal numa edição Guerra e Paz, com tradução de Maria José Segismundo dos Santos. A obra estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 11 de outubro de 2022.

Baseado numa história real de coragem e astúcia, a trama de O Muçulmano e a Judia é contada ao estilo de um thriller. Um ângulo, diríamos, completamente inesperado tendo este livro de Ronen Steinke como base uma investigação apoiada em factos, referências e documentos históricos. Inesperado, mas feliz, na opinião do escritor e jornalista Robert Philpot do jornal Times of Israel, que considera a obra um «relato emocionante e, por vezes, arrebatador de uma história notável, mas largamente desconhecida de bravura.»

Na obra, é-nos apresentado o jovem Mohammed Helmy, que, em 1922, se mudou do Cairo para estudar medicina em Berlim, cidade ainda muito longe do anti-semitismo que, uma década mais tarde, atingiria o seu auge com a eleição de Hitler. Sublinha o autor, criminologista e repórter internacional, que a convivência entre árabes e judeus na capital alemã foi sempre pacífica, tanto antes, quanto depois da subida ao poder do Führer. Facto sublinhado pelo jornalista do The Guardian Tim Adams: «o livro de Steinke lança uma luz sobre a velha Berlim árabe do período de Weimar, que era “aberta, progressista e estava longe de ser anti-semita”, tendo acolhido diversas luminárias judias, como Albert Einstein e Martin Buber.»

Os anos passar-se-iam e, numa Berlim cada vez mais infetada pela retórica nazi, é-nos apresentada Anna Boros, uma jovem judia que, perante a constante sombra de Hitler e da Gestapo, vê a sua vida ameaçada. É nesse momento que Anna conhece Mohammed e entrega o seu destino nas mãos do médico árabe. Seguem-se descrições inquietantes dos feitos, artimanhas e subterfúgios que Mohammed e as pessoas ligadas à resistência alemã levaram a cabo para salvar e proteger os judeus da barbárie.

Um livro cativante e inspirador, em que o medo, mas sobretudo a coragem, contam a história dos sobreviventes do período mais negro da humanidade. O Muçulmano e a Judia chega a Portugal numa tradução de Maria José Segismundo dos Santos com a chancela da Guerra e Paz Editores.

O Muçulmano e a Judia
Ronen Steinke
Não-Ficção / História
160 páginas · 15x23 · 16 €

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