Notícias
Festival "Trengo" volta às ruas do Porto e traz artistas internacionais
De 5 a 10 julho há circo contemporâneo em vários locais da cidade. O festival habita jardins e espaços da cidade com a missão de aproximar artistas e público.
As ruas do Porto recebem a 7.ª edição do Festival de Circo "Trengo". Uma coprodução entre a companhia Erva Daninha e o município, que este ano conta com 25 apresentações de 12 espetáculos.
À Renascença, a diretora artística diz esperar que este seja um "retorno à normalidade". Nos últimos anos, e com a pandemia, o "Trengo" viu o formato disponível para um público restrito devido às regras de distanciamento. Julieta Guimarães conta que este ano "sem regras de distanciamento social... será um motivo de felicidade".
O "Trengo" recebe espetáculos de Espanha, França e Itália. "O grande mote do festival é a proximidade entre artistas e públicos."
Nesta edição, os espaços são alargados, já que têm novas parcerias com o Coliseu Porto Ageas e, também, com o Lugar, espaço do Teatro Palmilha Dentada.
A maioria dos espetáculos acontece no Parque do Covelo, mas há também apresentações na praça D. João I, no Lugar, no bairro Pinheiro Torres, no Coliseu do Porto e no Rivoli.
Julieta Guimarães explica que "trabalhar no espaço público tem os seus desafios, o sol e a chuva".
A missão do "Trengo" é habitar os jardins e os espaços da cidade. "Levar as pessoas para um ambiente natural, tranquilo, sem carros", conta.
O Festival de Circo espera preservar a intimidade no espaço público e proporcionar proximidade entre artistas e público. E a diretora artística espera mesmo que quem esteja a assistir consiga "ter uma pausa na urbanidade".
A maior parte dos espetáculos são de entrada gratuita e ao ar livre.
Conheça os espetáculos
“O Silêncio do Corpo”, criação própria do "Trengo", dirigido por João Paulo Santos e produzido pela Erva Daninha.
O artista português, especialista em mastro chinês, há muito radicado em França, dirige a companhia "O Último Momento", sedeada em Toulouse.
Um espetáculo com dois artistas estrangeiros que habitam na região do Porto. Espera-se diversidade internacional do circo contemporâneo.
Baro D’Evel, a companhia francesa traz ao Rivoli o espectáculo “Falaise”.
8 intérpretes em palco, um cavalo e um bando de pombos.
“Hêtre”. Um solo da companhia Livertivore.
“Passages”, de Alice Rende.
Dois espetáculos em que a figura central é a mulher. O olhar antagónico do mundo nessa condição leva à exposição das suas liberdades e prisões.
De Espanha “POI”, Cia D’Es Tro de Guillem Vizcaíno. Malabarista e campeão mundial de estilo livre de piões.
E ainda “Los viajes de Bowa”, da Cia.
"La Gata Japonesa", um espetáculo que terá lugar no Bairro Pinheiro Torres. Uma parceria com o Teatro do Frio para o programa Cultura em Expansão.
Itália traz ao Festival “solo but not alone”. Um projeto que visa a divulgação de artistas de circo italianos.
O Festival conta também com companhias nacionais.
A nova criação da estrutura Circo Caótico “Raiz" combina dois acrobatas.
Rui Paixão apresenta-se no Coliseu Porto Ageas com uma das mais recentes criações: “Albano”.
O criador promove ainda uma formação, dirigida a estudantes e profissionais das artes performativas.
Marta Costa estreia a mais recente criação no Lugar, dos Palmilha Dentada. “Martha Coast Gim”.
E é com “Mutabilia” do Teatro do Mar que a estrutura de Sines regressa ao Porto.
por Núria Melo in Renascença, 4 de julho de 2022
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença