Entre muitas outras obras de arte, destaque para um quadro de Columbano Bordalo Pinheiro, no valor de 450.000 € ("Na Floresta de Fontainebleau", retrato de Artur Loureiro, 1882), e um outro de Josefa D'Óbidos (Menino Jesus Peregrino, Séc. XVII), à venda por 600.000 €.

Ambos os quadros estão expostos na Feira de Maastricht no espaço da Galeria Mendes, do luso-francês Philippe Mendes, personalidade há muito conhecida nos meios da arte europeia pela promoção da arte portuguesa.

A grande Feira de Arte da Maastricht abre este sábado dia 25 (amanhã, sexta-feira, para profissionais) e prolonga-se até quinta-feira dia 30 de Junho num record de expositores e, previsivelmente, de público, depois de dois anos sem realização por causa da pandemia. Um record também para a presença portuguesa (de que os quadros de Columbano e Josefa D'Óbidos são apenas exemplos), constituída por obras que vão do período Maneirista ao Contemporâneo.

De acordo com Philippe Mendes, ainda antes do início formal da Feira de Maastricht já há manifestações de intenção de compra por parte de instituições internacionais em relação às obras de arte portuguesas.

Esta forte presença da arte portuguesa na Feira de Maastricht constitui o corolário de um conjunto de iniciativas que têm feito de Portugal "vedeta" em Paris e no centro da Europa nas últimas semanas, sendo a mais simbólica a abertura, no passado dia 10 de Junho (Dia de Portugal), de uma exposição dedicada à pintura portuguesa no Museu do Louvre ("Primitivos"), incentivada com a oferta de também uma obra de Josefa D'Óbidos por Philippe Mendes.

A esta inauguração seguiu-se o Festival de Fontainebleau dedicado este ano a Portugal (mais de uma dezena de diretores e conservadores de museus portugueses em conferências e debates), as exposições de José Loureiro em Paris, a aquisição de duas esculturas de Rui Chafes para o Centro Pompidou, a Grande Exposição de Maneiristas Portugueses já programada para Setembro, etc., etc.