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"O Longo Braço do Passado", é o romance da guerra depois da guerra
Começa aqui a coleção «Arquipélago», dedicada à ficção em língua portuguesa.
Um eletrizante périplo de risco, sexo e morte, entre Lisboa e Porto, Luanda e Lubango, Bulgária e Alemanha, em que o único resgate é o amor à literatura. É esta a proposta do escritor e professor de Literatura Rui de Azevedo Teixeira no seu novo romance: O Longo Braço do Passado. Tão dura quanto poética, a obra promete seduzir os leitores e colocá-los numa encruzilhada. Pode haver um crime justo? E dois crimes justos? O Longo Braço do Passado chega à rede livreira nacional, numa edição que inaugura «Arquipélago», a novíssima coleção de romances contemporâneos de língua portuguesa da Guerra e Paz.
O romance segue a figura de Paulo da Trava Lobo. Foi oficial dos comandos na guerra de África, e volta agora a uma violenta Angola pós-colonial, pós Maio de 1977, como professor de Teoria da Literatura na Universidade do Lubango.
Será um romance autobiográfico? O facto é que, como Paulo da Trava, o autor foi comando e foi professor de literatura em Angola.
Neste imperdível novo romance de Rui de Azevedo Teixeira, em que a memória autobiográfica e a ficção convivem, separadas por uma ténue barreira, somos testemunhas da invulgar e chocante história de um português que vai a Angola e mata. Mata duas vezes e nas duas vezes em ações arquitetadas com o apoio de Kama, o seu Mano Preto, em casos sobre os quais Kama declara, convicto, que «até o perdão seria pecado». São «crimesjustos» se é que pode haver «crimes justos»!
O que Paula da Trava Lobo não adivinha é que, por causa dessas mortes, não se libertará facilmente dos insidiosos agentes das polícias políticas comunistas dos países do Leste. Conseguirá sobreviver e livrar-se da abjeta chantagem a que o sujeitam?
Do Lubango a Luanda, de Lisboa à Alemanha, da Bulgária a Bissau, este é um romance de som e fúria: às vezes de uma crueldade brutal, O Longo Braço do Passado é o romance pós-colonial que faltava à literatura portuguesa. Amorosamente agreste, sem preconceitos ideológicos, um romance de amor, de medo, aventura e literatura.
Ingredientes faltassem para convidar os leitores a mergulharem neste O Longo Braço do Passado, acrescentam-se elogios de reputadas figuras literárias. Para o poeta Manuel Alegre, Rui de Azevedo Teixeira é dono de «uma prosa enxuta, castigada e depurada, até um rigor de extrema eficácia». E para o ensaísta e poeta Eugénio Lisboa, o autor deste O Longo Braço do Passado tem vindo a brindar os leitores com «um estilo enérgico e eminentemente sedutor». Opinião partilhada pelo professor catedrático alemão Helmut Siepmann, que reconhece a Rui de Azevedo Teixeira «uma escrita vibrante».
Romance inaugural da coleção «Arquipélago» da Guerra e Paz Editores, território de sombrias intuições e de vivos e agudos instintos, que doravante dará corpo a romances contemporâneos de língua portuguesa, O Longo Braço do Passado pode ser, desde, já adquirido, através da pré-venda que decorre no site da editora.
Arquipélago
O Longo Braço do Passado
Rui de Azevedo Teixeira
Ficção / Romance
256 páginas · 15x23 · 17,00 €