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Revolver: "a melancolia contida" de Sérgio Almeida

No seu novo livro, Revolver, Sérgio Almeida prova que um jornalista premiado também pode encontrar na poesia uma janela para o mundo, um lugar de reflexão onde convivem o lirismo e o quotidiano.


Já anteriormente aplaudida por escritores como Valter Hugo Mãe, a escrita de Sérgio Almeida ganha agora novo fôlego numa obra em que por vezes se destaca a sátira e noutras se visita, com desassombro, o nonsenseRevolver chega à rede livreira nacional no próximo dia 31 de maio de 2022. 

«Um exercício memorialístico em tons de poesia sobre a matéria de que somos feitos. Um abrir e fechar constante das gavetas do passado que milagrosamente nos devolve um (quase) sorriso. Calma, “o passado já lá vem”.» Revolver é assim descrito pelo seu autor, Sérgio Almeida, jornalista na área cultural há mais de duas décadas e que dá aos livros o tempo que muitos anunciam esgotar-se. Neste seu quarto livro de poesia, somos convidados a ver a vida com a lente de quem vive longamente e conta as mortes que lhe restam. Levados a reflectir sobre as grandes coisas, como a existência, a fé, ou a falta dela, e as relações humanas. Exortados a ver o belo na banalidade e no quotidiano.

Um lugar de sátira social e política, Revolver funde o amor com a espuma dos dias. Um lugar de coragem, Revolver não teme o nonsense e incita a que se dance como Saramago, se escreva como Pelé, se seduza como Pessoa, se grite como Chaplin e se insulte como Gandhi. Um lugar de memória, Revolver fala de uma infância que permanece eterna, de um tempo em que não havia tempo, de uma ausência e um vazio impreenchíveis.

A poesia de Sérgio Almeida é feita de uma «melancolia contida», que, segundo o escritor Valter Hugo Mãe, «não é da tradição portuguesa». «Feita de pranto ou desalento, é mais da ordem de uma angústia questionadora que procura tanto diagnosticar quanto denunciar», escreveu a propósito do último livro de poesia de Sérgio Almeida.

Revolver chega à rede livreira nacional no próximo dia 31 de maio, com a chancela da Guerra e Paz Editores e incluído na colecção de Poesia, que integra grandes poetas contemporâneos, dos consagrados Eugénia de Vasconcellos ou Jorge Melícias às novas vozes da premiada Ana Paula Jardim ou de André Osório.

Além de poesia, Sérgio Almeida já publicou uma vasta e diversificada obra, incluindo novelas, contos e literatura infanto-juvenil. O lado de escritor e de jornalista cultural complementam-se, tendo sido agraciado com o Prémio Escritaria em 2014 e com o Prémio Internacional César Vallejo – Unión Hispanomundial de Escritores em 2021. 


Revolver
Ana Paula Jardim
Ficção / Poesia
80 páginas · 16,5x20 · 13 €
Guerra e Paz, Editores

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