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Festival Theia celebra o jazz no feminino durante três dias na Malaposta

Primeira edição do Festival Theia celebra três gerações de mulheres no jazz com concertos, conferências, exposições e filmes. De quinta a sábado, no Centro Cultural da Malaposta.

Joana Raquel e Miguel Meirinhos no primeiro dos concertos do festival DR


O nome, dizem as organizadoras, é inspirado na titânide grega Theia, “associada ao poder da Visão e à Luz/Iluminação através da profecia”. E o objetivo, na primeira edição deste festival, celebrar “três gerações de mulheres e jovens criativas” no Jazz em Portugal. Com curadoria artística da cantora Rita Maria, o Festival Theia conta ainda com Beatriz Nunes, também cantora, na coordenação das conferências, e Catarina Loura, artista/performer, com uma instalação visual no espaço do Centro Cultural da Malaposta, em Olival de Basto, Odivelas, onde decorre o festival, a partir desta quinta-feira, dia 28 de abril, até sábado.

Começando pela música, o auditório da Malaposta recebe dia 28, às 21h30, Joana Raquel (voz, letras e composição) e Miguel Meirinhos (piano e composição), com o projeto Ninhos, que no palco conta com João Cardita na bateria e Yudit Almeida no contrabaixo. Dia 29, às 19h30, é a vez do duo Zoe (Inês Laginha e Marta Garrett, teclas e voz) e, às 21h30, o trio Herse com Sofia Sá (voz), Clara Lacerda (piano) e Raquel Reis (violoncelo). Dias 30, haverá também dois concertos. O primeiro, às 21h, com À Espera do Futuro e um trio composto por Beatriz Nunes (voz), Paula Sousa (piano) e Mário Franco (contrabaixo; no disco homónimo, editado em 2021, o contrabaixista é André Rosinha); e o segundo, às 22h30, com Nazaré da Silva Quinteto: Nazaré da Silva (voz), João Almeida (trompete), Bernardo Tinoco (sax tenor), Zé Almeida (contrabaixo) e Samuel Dias (bateria).

Haverá três conferências, uma por dia, sempre com introdução e moderação de Beatriz Nunes. No dia 28, o tema é Onde estão as mulheres na cultura artística?, com Teresa Gentil (compositora, intérprete e investigadora no Instituto de Etnomusicologia da FCSH-UNL) e Filipa Lowndes Vicente (investigadora ICS e autora do livro Arte sem História). No dia 29, Onde estão os ativismos na música?, com José Dias (investigador e professor na Coventry University e também músico e compositor) e Lílian Campesato (artista, pesquisadora e curadora, Universidade de São Paulo). Por fim, dia 30, Onde estão as criadoras hoje?, com Ângela da Ponte (Doutorada pela Universidade de Birmingham), Aline Frazão (cantora, compositora e produtora angolana que faz parte do colectivo angolano Ondjango Feminista) e, por videoconferência, Sara Serpa (vocalista, compositora, co-criadora do M3 [Mutual Mentorship for Musicians]).

Durante o festival, e a par de outras iniciativas descritas no programa oficial, haverá também cinema, no sábado, com a projeção dos filmes Lady Be Good: Instrumental Women in Jazz Intro, de Kay D. Ray (11h), Book of Days, de Meredith Monk (13h30), Birds of Paradise, de David Peat (15h) e Heart of a Dog, de Laurie Anderon (16h).


por Nuno Pacheco in Público | 27 de abril de 2022
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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