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Um álbum para celebrar a vida de Saramago
Saramago, os seus nomes reúne mais de 500 fotografias, muitas delas inéditas, em diálogo com cartas, entradas de diário e outros textos, alguns também desconhecidos. António Guterres assina o prefácio.
No ano em que se celebra o centenário do nascimento de José Saramago, a Porto Editora e a Fundação José Saramago apresentam Saramago, os seus nomes, um álbum biográfico que revisita os lugares, as pessoas, as criações e os acontecimentos mais importantes da vida do único Nobel da Literatura de língua portuguesa. Uma edição da autoria de Ricardo Viel e Alejandro García Schnetzer, com prefácio de António Guterres, que procura estabelecer um diálogo entre a voz de Saramago e um repertório fotográfico amplo e parcialmente inédito, testemunho do tempo, da memória e dos espaços que lhe foram próprios. Cerca de 80% dos textos presentes nesta obra são de José Saramago, alguns deles até agora desconhecidos.
O livro já se encontra em pré-venda.
«É importante continuar a revisitar a consciência ética presente na obra de José Saramago. Essa consciência mantém, hoje, a sua acuidade, tanto na condenação da exclusão e das desigualdades como na importante mensagem sobre a necessidade de “reivindicarmos o dever” de defender e fazer cumprir os direitos que a todos e cada um são conferidos. Esta fotobiografia contribuirá, confio, para que mais leitores relembrem ou descubram a exortação a que “os cidadãos comuns tomem a palavra e a iniciativa” – e não prescindam nunca desse direito.»
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas
SOBRE O LIVRO
Título: Saramago, os seus nomes: um álbum biográfico
Edição: Alejandro García Schnetzer e Ricardo Viel
Páginas: 352
PVP: 40,00€
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SOBRE SARAMAGO
Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga. As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.» Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário. Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis. Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias. No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo. No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
SOBRE OS EDITORES
Alejandro Garcia Schnetzer
Graduado em Edição pela Universidade de Buenos Aires e de Barcelona, publica desde 2000 os seus trabalhos como autor, tradutor e diretor de coleções. Concebeu e desenvolveu obras de autores como Julio Cortázar, Eduardo Galeano, Clarice Lispector, Pablo Neruda, entre outros. De José Saramago editou os álbuns O Silêncio da Água, O Lagarto e Uma Luz Inesperada.
Ricardo Nunes Viel
Nasceu em São Paulo, em 1980. É jornalista e mestre pela Universidade de Salamanca. Colabora com diversas publicações, entre elas as revistas Piauí e os jornais Valor Económico e Globo. Trabalha desde 2013 na Fundação José Saramago, onde exerce o cargo de diretor de comunicação. É um dos organizadores do livro Com o mar por meio – uma amizade em cartas, volume que reúne a correspondência entre José Saramago e Jorge Amado, publicado em 2016 no Brasil e em Portugal. É também autor de Um País Levantado em Alegria – 20 anos do Prémio Nobel de Literatura (2018).