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Romance A Sibila será uma longa-metragem com antestreia em outubro

Eduardo Brito é o realizador da adaptação do romance da escritora, uma produção de Paulo Branco, associada ao programa do centenário.

Foto de Paulo Ricca


O romance A Sibila, de Agustina Bessa-Luís (1922-2019), está a ser adaptado para uma longa-metragem de ficção, por Eduardo Brito, e a sua antestreia acontecerá em outubro, disse à agência Lusa o produtor Paulo Branco.

Segundo o produtor, o projeto resulta de um desafio lançado por Mónica Baldaque, filha da escritora, para adaptar um dos mais conhecidos romances da autora, publicado em 1954.

A antestreia de A Sibila está marcada para 15 de outubro, altura em que se comemorará o centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís, não estando ainda confirmada a data da estreia nas salas de cinema. A produção incluirá ainda uma minissérie de três episódios para a RTP.

“Tive a sorte de estar muito presente no relacionamento da Agustina Bessa-Luís com o Manoel de Oliveira durante vinte anos. É uma escritora que me fascina e aceitei o desafio e a responsabilidade de produzir esta adaptação”, disse o produtor.

Paulo Branco explicou que a rodagem irá prolongar-se até ao início de maio, com filmagens em Marco de Canaveses e Amarante, depois de ter tido já algumas cenas rodadas em Caminha.

A Sibila é a primeira longa-metragem de Eduardo Brito, autor de cinco curtas-metragens e argumentista de uma dezena de outras obras para realizadores como Paulo Abreu, Manuel Mozos e Rodrigo Areias.

A adaptação conta com a participação de Maria João Pinho, no papel de Joaquina Augusta (Quina), a sibila, e Joana Ribeiro, enquanto Germana (Germa), a sobrinha e narradora da história. Tal como no romance, o filme “dá-se a ver como uma história em espiral, parecendo terminar onde começa – toda a narrativa é contada em analepse por Germa, na sala da Casa da Vessada que herdou da tia” Quina, lê-se na nota explicativa da produtora. O elenco integra ainda Sandra Faleiro, João Pedro Vaz, Simão Cayatte, Gustavo Sumpta, Ana Padrão e Rita Martins, entre outros.

O orçamento ronda os 900 mil euros, sem apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual, mas com apoio da RTP, das câmaras municipais do Porto, Caminha, Amarante e Marco de Canaveses, das fundações Calouste Gulbenkian e Manuel António da Mota, da Direção Regional de Cultura do Norte e do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema.

Agustina Bessa-Luís nasceu em 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e morreu em 2019, no Porto, aos 96 anos, depois de duas décadas afastada da vida pública. A própria reconhecia que, enquanto escritora, era mais conhecida do que lida pelos portugueses, apesar das sucessivas reedições de títulos seus, em particular A Sibila, narrativa que conta a história de intrigas e conspirações de duas gerações da família Teixeira.

O seu nome saltou para a ribalta literária precisamente com este romance, que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, dois de uma extensa lista de galardões literários ao longo da carreira. No cinema, Agustina Bessa-Luís trabalhou sobretudo com Manoel de Oliveira, desde a adaptação do romance Fanny Owen para o filme Francisca (1981), até 2005, ano de estreia do filme Espelho Mágico, a partir da obra A Alma dos Ricos.


por Lusa e Público | 5 de abril de 2022
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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