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Noite dos Grammy: Jon Batiste arrecada cinco prémios
A cerimónia apresentou um tributo ao baterista dos Foo Fighters, Taylor Hawkins, que morreu a 25 de março, e o presidente ucraniano fez uma intervenção onde lembrou que "os músicos do seu país usam coletes à prova de bala em vez de fatos de gala".
Jon Batiste, Olivia Rodrigo e a dupla Silk Sonic conquistaram os prémios mais cobiçados da indústria da música na 64.ª edição dos Grammy, que foram entregues esta noite no MGM Grand, em Las Vegas.
Jon Batiste entrou na cerimónia dos prémios da Academia de Artes e Ciências de Gravação como o artista mais nomeado do ano e saiu como o mais premiado, arrecadando cinco estatuetas, incluindo a de Álbum do Ano para “We Are”.
A dupla Silk Sonic, composta por Bruno Mars e Anderson .Paak, venceu os Grammys de Canção do Ano e Gravação do Ano com “Leave the Door Open”, algo que Anderson caracterizou como “uma limpeza”.
Já Olivia Rodrigo foi consagrada como Revelação do Ano e levou ainda para casa os Grammys de Melhor Álbum Pop com “Sour” e Melhor Performance Pop a solo com “Drivers License”.
“Há uma porção tão grande do nosso maior recurso natural que é desperdiçada porque tentamos ser outra pessoa”, disse Jon Batiste, nos bastidores dos Grammy, reagindo à vitória. “O nosso maior recurso natural é a alma humana”.
O artista, que tinha sido nomeado em 11 categorias, sublinhou a importância da arte e da criatividade e disse que a música, tal como a caracterização de alguém ser o melhor da indústria, é subjetiva. “Espero que isto ressoe com a audiência nessa frequência e traga mais grandeza”, declarou.
“Eu não faço isto pelos prémios”, garantiu. “Não estava preparado quando ganhei”.
Batiste, um dos artistas a atuar na cerimónia, recebeu o Grammy de Álbum do Ano do músico Lenny Kravitz, a quem chamou de “uncle Lenny”.
Também Bruno Mars e Anderson .Paak tocaram no palco da Garden Arena antes de serem consagrados com dois dos mais importantes prémios da noite, tendo aberto a cerimónia com a performance de “777”.
“Estamos mesmo a tentar manter-nos humildes”, gracejou Anderson .Paak no discurso de vitória. “Na indústria, isto é o que se chama uma limpeza”.
Na categoria de Rock, os Foo Fighters estiveram em destaque ao vencer três Grammys: Melhor Performance Rock com “Making a Fire”, Melhor Canção Rock com “Waiting on a War” e Melhor Álbum Rock com “Medicine at Midnight”.
A cerimónia apresentou um tributo ao baterista dos Foo Fighters, Taylor Hawkins, que morreu a 25 de março antes de um concerto na Colômbia, ao som da música “There Goes My Hero”.
A cantora Billie Eilish também homenageou o músico, envergando uma t-shirt com a sua fotografia, durante a performance de “Happier Than Ever” no palco da Garden Arena. Eilish estava nomeada para sete Grammys mas saiu do MGM Grand sem qualquer estatueta, depois de ter vencido vários prémios nas edições de 2020 e 2021.
Apresentada por Trevor Noah, a noite incluiu uma intervenção pré-gravada do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que apelou à solidariedade com a resistência ucraniana à invasão russa.
Lista dos principais premiados:
Álbum do ano: “We Are", Jon Batiste
Gravação do ano: “Leave the door open", Silk Sonic
Revelação do ano: Olivia Rodrigo
Canção do ano: “Leave the door open", Silk Sonic
Melhor performance pop a solo: “Drivers License", Olivia Rodrigo
Melhor álbum pop: "Sour", Olivia Rodrigo
Melhor performance duo ou grupo pop: “Kiss me more”, Doja Cat feat. SZA
Melhor álbum pop tradicional: “Love for sale", Tony Bennett & Lady Gaga
Melhor gravação de dança/eletrónica: "Alive", Rüfüs Du Sol
Melhor canção rock: “Waiting on a war", Foo Fighters
Melhor álbum rock: “Medicine at midnight", Foo Fighters
Melhor álbum de música alternativa: “Daddy’s home", St Vincent
Melhor álbum R&B: "Heaux Tales", Jazmine Sullivan
Melhor álbum música urbana: "El Último Tour del Mundo”, Bad Bunny
Melhor álbum rock ou alternativo latino: “Origen”, Juanes
Melhor álbum pop latino: “Mendó”, Alex Cuba
Melhor álbum rap: "Call Me If You Get Lost", Tyler, the Creator
Melhor álbum country: “Starting over", Chris Stapleton
Melhor álbum jazz vocal: "Songwrights Apothecary Lab", Esperanza Spalding
Melhor compilação de banda sonora para visual media: "The United States vs. Billie Holiday", Andra Day
Produtor do ano, não clássico: Jack Antonoff
Melhor vídeo de música: "Freedom", Jon Batiste
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença