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Tratando de guerra e de amor
Assírio & Alvim publica nova edição de Hipérion ou o Eremita da Grécia, o primeiro e único romance de Friedrich Hölderlin.
Em Hipérion ou o Eremita da Grécia – título que ressurge no catálogo da Assírio & Alvim após a publicação de Todos os Poemas –, Friedrich Hölderlin reflete sobre o princípio de libertação humana pela luta armada e o constante aperfeiçoamento interior, através do convívio íntimo com as artes e o mundo natural. Publicada originalmente em dois volumes (1797-1799), e dela existindo versões tanto em prosa quanto em verso, a obra levou sete anos a compor.
O livro já se encontra em pré-venda.
«Como é próprio de toda a Obra deste Autor, também este texto em prosa é inesgotável, sendo objecto das mais variadas interpretações e perspectivas», avisa Maria Teresa Dias Furtado, responsável pela tradução e pelo prefácio do volume. Dele disse Clemens Brentano tratar-se de «um dos mais excelentes livros da nação e até do mundo». Ou, evocando as palavras de Rilke, «o Hipérion tem singulares ressonâncias do espírito que nos domina e, no entanto, afasta-se para lá dele, pois, tratando de guerra e de amor, transpõe cada um deles para o céu que sobre ele passa e, na realidade, cria as grandes constelações cujos nomes são os destes fenómenos do nosso tempo».
SOBRE O LIVRO
Hipérion ou o Eremita da Grécia
Narrada em sucessivas cartas a um amigo e amada, Hipérion conta a sua longa jornada nas planícies da Grécia: desde a missão contrarrevolucionária contra os Turcos, que acabavam de dominar o país grego, passando pela angústia com o desfecho da rebelião, até ao último desejo de se tornar um eremita nas montanhas.
Ver primeiras páginas
Título: Hipérion ou o Eremita da Grécia
Autor: Friedrich Hölderlin
Tradução e prefácio Maria Teresa Dias Furtado
N.º de Páginas: 208
PVP: 16,60€
Coleção: documenta poetica
SOBRE O AUTOR
Friedrich Hölderlin
Nasceu em Lauffen, na Alemanha, a 10 de março de 1770. Um dos maiores poetas românticos da língua germânica, Hölderlin travou amizade com as principais figuras do seu tempo, Schelling e Hegel, com quem irá redigir, mais tarde, o célebre O mais antigo programa do idealismo alemão. No seu Hipérion ou o Eremita da Grécia (1797-1799), um romance epistolar em dois volumes, e nos seus Poemas (1826), deixou uma profunda reflexão sobre o exílio, o sublime e o mundo natural, incorporando na língua alemã a sintaxe do grego clássico e a sua complexa mitologia. Desde cedo marcado por uma perturbação mental, Hölderlin passará o final da vida em reclusão na famosa Torre de Tübingen, onde produz os seus «poemas da loucura», até aí morrer, no dia 7 de junho de 1843.