O mais recente single chegou no dia 11 de março e é ilustrado pela voz, mais uma vez feminina, de Alem-i Adastra, que acrescenta um peso e uma sensação verdadeiramente extra-sensorial ao tema.

A 8 de abril, termina a espera e começa um novo capítulo para Xinobi. Enquanto que o último álbum “On the Quiet” era orientado para uma experiência mais pessoal e introspectiva, onde o produtor colocava questões sobre a sua própria posição no mundo, “Balsame” representa algo mais grandioso para Bruno Cardoso. O novo longa duração aborda uma perspectiva mais coletiva e abrangente da comunidade ao introduzir a ideia de algo que acalma um desconforto global. Xinobi explica melhor: "Vejo-o quase como um bálsamo, para amenizar as cicatrizes diárias e a luta social lá fora. Não de uma forma introspectiva, mas através da ação, do movimento e do questionamento colectivo. A procura constante de consolo, para apaziguar as nossas dores, só será possível satisfazer através da ação, através do questionamento ativo e proativo, na rua ou em casa, da forma mais coletiva possível. É um cliché, mas: A unidade faz a força. E as pessoas provaram ao longo do tempo que juntas são melhores, questionam melhor as coisas, agem melhor e, coletivamente, curam melhor".

O novo disco é um trabalho de amor que apresenta uma série de colaboradores que atravessam tanto as fronteiras musicais como geográficas. Neste quarto e último single até chegarmos a “Balsame”, é com a voz de Alem-i Adastra, que “Basa Bela” ganha forma. Asli Köse é a mulher por trás da artista que dá voz ao novo tema e que, após a conclusão dos seus estudos em violoncelo, iniciou o seu caminho pela música eletrónica. Compositora e produtora, tanto em casa, no palco, ou em estúdio, lançou o seu projecto pessoal em 2017 como Alem-i Adastra. Com base em temas dramáticos, a artista visa a integridade musical composta por transições melódicas. Disposta a levar o público numa viagem entre as estrelas, mistura vozes eletrónicas e acústicas juntamente com músicos de diferentes perceções estéticas em palco como o seu principal arsenal. Em “Basa Bela” a viagem não é diferente, dando um cunho pessoal espantoso ao tema, ao fundir-se na perfeição com a sonoridade de Xinobi.

Depois de “La Tormenta” com Meta_, “Amor Cego” com o encantador carimbo vocal de Margarida Encarnação, seguido de “Phénix” com a misteriosa Arâm, eis que chegamos mais perto do álbum com “Basa Bela”. Todas as faixas são, naturalmente, orientadas para a pista de dança com a qual Xinobi se tornou sinónimo. Entrelaçando-se e complementando-se, o novo álbum pode ser consumido inteiro ou individualmente, proporcionando momentos que tanto nos fazem pensar, como nos fazem dançar. Hipnoticamente belo, o novo álbum de Xinobi canaliza algum do seu melhor trabalho de sempre. A espera está quase no fim e acaba a 8 de abril.