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Gongori antecipa disco de estreia Vazio com videoclip "There is Nowhere"
“There is Nowhere” remete para uma reflexão sobre ser-se Humano, e sobre conflito interior que carregamos no percurso da vida.
Esta primeira música do disco de estreia VAZIO de GONGORI é uma introspeção sobre a introspeção individual e coletiva, uma camada de luz na sombra, uma lembrança de aceitar quem fomos, somos e podemos ser; que na escuridão existe esperança, e na descoberta uma lembrança, de que estamos vivos. “There is Nowhere” é a primeira parte de uma viagem para um portal onde no vazio, pode estar tudo. O videoclip é realizado por DPX Design.
DISCO
Há muito que Gonçalo Alegre, músico multi-instrumentista, ambicionava fazer um projeto diferente, no qual ele próprio fosse todas as partes do todo, escrevendo, compondo, tocando e produzindo.
Poder fazer tudo sozinho, numa necessidade urgente de se pôr à prova, é o argumento que faz emergir GONGORI (e o que se prevê que sustente o futuro) com liberdade para o imprevisto e para a mudança, sem regras, sem depender de outros e onde tudo é possível. Tal como o nome que dá a uma das músicas: “Dream and Create”.
GONGORI parte já de um percurso consistente e relevante de Gonçalo Alegre, que conhecemos das atuais bandas Galo Cant’Às Duas, Burning Casablanca’z ou Senhor Jorge, da composição para teatro e cinema, da produção ou das inúmeras colaborações com outros artistas, como Ângela Santos, Bia Maria, Francisco Sales, Martim Vicente ou Pedro Branco, com quem colabora frequentemente. Com uma sensibilidade singular, neste alter ego, GONGORI honra os seus companheiros e vivências, transportando-os também para a música que faz, bebendo da sua própria história e circunstância. GONGORI é também isso – um projeto assumidamente a solo, mas que fala de si com os outros.
VAZIO é o álbum de estreia de GONGORI com edição no dia 29 de abril de 2022. Este disco nasce de uma conversa cúmplice com Pedro Branco, já há uns anos, numa reflexão a partir de uma mensagem encontrada escrita a giz numa parede: “Criar é simplesmente estar... no vazio do todo, no todo do vazio, criar é estar todo... é estar vazio.”
Ao longo das oito faixas, VAZIO traduz-se numa cornucópia de emoções, uma reflexão longa e profunda, somando parcelas da dicotomia entre os planos terreno e etéreo, vertendo-se em momentos na música, ora imersivos, ora de sublimação, numa vertigem que o músico controla com os instrumentos que parecem uma extensão do próprio corpo, ao criar rituais de encontros psicadélicos entre pop rock, experimentação e eletrónica.
Num regresso às origens e pegando em ideias e esquissos antigos, a maior parte do disco constrói-se a partir de linhas melódicas do baixo elétrico. VAZIO enaltece o percurso que o músico tem vindo a desenvolver enquanto produtor e instrumentista, tornando óbvio, na audição do álbum, o seu interesse crescente pelos sintetizadores e eletrónica, que explora em cruzamentos com o contrabaixo, a guitarra elétrica, a bateria, as percussões e até a voz.
“There is Nowhere” abre o disco numa abordagem quase tribalista, muito evidente também em “The Flood ou Primacy”, escancarando possibilidades rituais que GONGORI explora orgânica e intensamente ao longo do álbum, muito graças aos sintetizadores, bateria e percussões. VAZIO é um disco de canções introspetivas, em que as palavras oscilam entre fragilidades e respostas, elementos naturais e fantasia, jogando com a imponderabilidade, até desaparecerem no instrumental “Leave Your Body”, a última faixa.
O disco VAZIO foi gravado e produzido no emblemático Carmo’81, em Viseu, no mês de Outubro de 2020, em plena pandemia. Tem produção de Gonçalo Alegre e de Nuxo Espinheira, com quem o músico colabora regularmente, que é também responsável pelas misturas e masterização do álbum.
A vontade de lançar o disco VAZIO potenciou o processo criativo noutras direções, numa abordagem multidisciplinar, envolvendo o cinema, a música, a dança, a fotografia e as artes performativas. Além de um álbum, VAZIO também é, e com o mesmo nome, um filme (realizado por Gonçalo Alegre, com argumento de António Sanganha) e um documentário (realizado por Marco Alexandre e produzido por Gonçalo Alegre). A partir da música de GONGORI, foi também criada uma instalação artística – “See Clearly”, com fotografia de Rafael Farias e dispositivo cénico de Diogo Mendes.
Catarina Machado
BIO GONÇALO ALEGRE
Gonçalo Alegre, natural de Mangualde, nasce a 12 de Julho de 1988. Cresce numa atmosfera onde predomina a música e assume-se como autodidata em vários instrumentos, iniciando estudos em baixo elétrico aos 17 anos e mais tarde em contrabaixo, na variante de Jazz. Ainda na adolescência, junta-se a amigos e passa por vários projetos como Crying Machine, Sense?, Metamorfose ou Apiores. A Escola de Jazz do Porto e alguns professores particulares também do Porto foram guias determinantes para a aprendizagem desta linguagem e do contexto artístico e musical português, bem como a descoberta dos músicos que naquela altura partilhavam o mesmo palco nas jam sessions da Esmae.
Em 2008, ingressa no curso de música no ISEIT em Viseu - Licenciatura de Instrumento – Contrabaixo – variante Clássica, que conclui em 2014. Em sequência, investe mais tempo no estudo autónomo dos processos de captação e gravação e produção. Retoma os estudos logo no ano seguinte, em Composição, com o compositor Filipe Carlos Vieira.
Gonçalo Alegre cedo começa a trabalhar em estúdio, estreando-se em 2015 com o produtor Tim Tautorat nos Hansa TonStudios – Berlim, na gravação de um disco que, curiosamente, nunca foi lançado, com James Borges, finalista do The Voice of Germany, Alexandre Tomás e João Abrantes (Johnny Abbey), músico de Basilda, Meera ou Aurea.
Durante cinco anos, entre 2011 e 2016, Gonçalo Alegre faz Direção de Produção de Espetáculos na Moita Mostra - Encontro de Artes em Meio Rural, onde conhece Pedro Branco, filho de José Mário Branco, que o convida a produzir o seu disco de estreia - Contigo, nos estúdios Namouche – Lisboa. É nesta mostra que Galo Cant’Às Duas, projeto seu com Hugo Cardoso, se estreia em concerto.
Galo Cant’Às Duas grava o primeiro EP Os Anjos Também Cantam, no estúdio Haus em Lisboa. O disco é editado pela Blitz Records, em março de 2017. O segundo disco de originais, Cabo da Boa Esperança, é gravado em agosto de 2018 e editado em janeiro do ano seguinte e com apoio da dgARTES, sendo produzido por Galo Cant’Às Duas e Nuxo Espinheira, que também grava e mistura. O disco tem masterização de Andy Vandette.
Ainda em 2018, surge a banda Senhor Jorge, com Rui Sousa, também conhecido por Dada Garbeck, João Pedro Silva, dos The Lemon Lovers e Jorge Novo, sacristão e “fadista por paixão”. O EP sr. Jorge, gravado, misturado e masterizado por Hugo Valverde, sai em Abril de 2021 num formato de edição independente, com o apoio do Município de Viseu e do Carmo’81.
Em 2021, a sua banda Burning Casablanca’zlança o primeiro single, “Getting Over”, do disco de estreia Kind of Truth, com composições suas e de Hugo Cardoso, Bernardo Simões, Bernardo Pardo e Marlow Digs. Desde que a banda foi fundada, em 2018, e até se chegar ao disco co-produzido, misturado e masterizado por Nuxo Espinheira, em 2020 e 2021, a produção ganha ainda mais força na vida de Gonçalo que assume ideias de produção com abordagens e estéticas muito específicas.
Entre trabalhos tão diversos, ainda em 2019, Gonçalo decide avançar com um disco a solo como GONGORI. Este é um projeto artístico de cruzamentos disciplinares que envolve o cinema, a música, a dança, a fotografia e as artes performativas. VAZIO, o disco de estreia, é lançado a 29 de abril de 2022. VAZIO é também o nome do filme que Gonçalo Alegre realiza e conta com argumento de António Sanganha.
Após a gravação do álbum de GONGORI, em Outubro de 2020, Gonçalo dá início à produção do novo disco de Pedro Branco, Amor, que é gravado em Outubro do ano seguinte. As 16 canções do disco têm arranjos, direção musical e produção de Gonçalo.
Com diversos trabalhos em mãos, colabora em Coração, disco de Martim Vicente, lançado no final de 2021, com Bia Maria, no single “Amarílis”, do mesmo ano, e ainda no disco de Ângela Santos, com lançamento previsto para 2022.
No regresso aos álbuns, Galo Cant’Às Duas volta a cantar em 2021. O disco composto com várias colaborações e estruturado por canções viradas à pop, Amor em Água Ardente, é lançado em fevereiro de 2022 com a participação de Chullage, de Jorge Cruz, de Matilde Barbas e Pedro Vieira na escrita de canções, contando ainda com interpretações de Chullage e Pedro Vieira. O beat maker e youtuber Marlow Digs participa em duas músicas deste álbum.
Outros projetos, fora dos discos, vão acontecendo no universo de Gonçalo, como a participação em vários coletivos, como a Orquestra Barroca do ISEIT, Orquestra Ligeira de Gouveia, Mater Fogo - Teatro da Didascália, e Cineclube de Viseu, compondo também para teatro e cinema. Compôs para a curta-metragem Trono, de António Sanganha, que vem a integrar a seleção oficial da mostra de cinema jovem YMOTION(2020). Colabora com António Sanganha na criação da banda sonora original para o seu próximo filme O Homem do Saco.
Tem vindo a colaborar noutros espetáculos e criações, salientando-se as seguintes: Música e Tempo - Jardins Efémeros, OFICINA JARDINS EFÉMEROS 2016 - oficina; Andantes Moderatos - Lugar Presente, Coreografia de São Castro, música criada por Galo Cant’Às Duas - dança; A Casa - José Cruzio - Cargo Collective, música criada por Galo Cant’Às Duas - instalação; Histórias que dão para ver - Teatro Regional da Serra do Montemuro, criação e interpretação com Rui Souza - teatro; e Pelo Andar da Carruagem - Teatro Regional da Serra do Montemuro, criação e interpretação com Carlos Clara Gomes - teatro.
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