"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Esse subtil contraste entre luz e sombra

Pirilampos marca a estreia de Ricardo Gil Soeiro no catálogo da Assírio & Alvim.


Prosseguindo o projeto de Ricardo Gil Soeiro de uma poética palimpséstica – onde confluem ecos de Rabindranath Tagore, Julio Cortázar, Rainer Maria Rilke, Kobayashi Issa ou Jorge Luis Borges –, em Pirilampos a poesia é vibração plural do sentido e exploração de múltiplas hipóteses de vida. Palco onde se encenam diferentes gestos de linguagem, o poema (como o pirilampo) exibe a faculdade simultaneamente frágil e fulgurante de irradiar uma trémula luz, passível de iluminar a escuridão que se encontra em seu redor:

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Ávido das chamas,
cedi à fome e engoli o fogo.

Fui delírio, fui delito.

Eis-me agora:
pequeno incêndio,
um perigo intacto.

O mais brilhante segredo desta esfera.

O livro já se encontra em pré-venda.

Nas palavras do próprio autor: «Pirilampos representa simultaneamente uma continuação e uma viragem na minha poesia. Uma continuação, na medida em que prossegue a minha proposta de uma poética palimpséstica, na senda de livros como Da vida das marionetas ou Bartlebys Reunidos , por exemplo. Por outro lado, como que institui uma rutura, já que, como o próprio título deixa adivinhar, trata-se de uma obra que se demarca claramente da tonalidade mais sombria de livros como Volúpia do Desastre ou Tratado da Mão que escrevi sob a sombra tutelar de Cioran. Isto não quer dizer que essa dimensão mais luminosa, mais solar, apague a preocupação com o lado trágico da vida. Diria que é um livro que procura encontrar esse chiaroscuro , esse subtil contraste entre luz e sombra. Os Pirilampos ajudaram-me nessa procura.»

SOBRE O LIVRO

Pirilampos
Um pirilampo e uma mão humana: o gesto luminoso e o ato de criação. Será a carcaça do inseto que se metamorfoseia, ou o corpo do ser que se transhumaniza? Pirilampos é a estreia poética de Ricardo Gil Soeiro na Assírio & Alvim, um livro que tenta responder à questão fundamental:

Quem foi que deixou os pirilampos acesos?

Ver primeiras páginas 

Título: Pirilampos
Autor: Ricardo Gil Soeiro
N.º de Páginas: 88
PVP: 14,40 €
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa 

SOBRE O AUTOR

Ricardo Gil Soeiro
Nasceu em 1981 e é poeta e ensaísta. Tem vários ensaios publicados, entre os quais Gramática da Esperança (2009), Poéticas da Incompletude (2017), Volúpia do Desastre (2019) e O Enigma Claro da Matéria (2019). Organizou o volume As Artes do Sentido (2017) e coeditou Paul Celan: Da Ética do Silêncio à Poética do Encontro (2014), Das Cinzas do Silêncio à Palavra do Fogo (2018) e O Nada virado do Avesso (2019). No domínio da poesia, publicou obras como Caligraphia do Espanto (2010), Labor Inquieto (2011) ou Da Vida das Marionetas (2012). Em 2012, veio a lume L’apprendista di enigmi , uma antologia poética traduzida para italiano. Com Iminência do Encontro foi galardoado com o Prémio PEN Clube Português – Primeira Obra 2010. Com o livro A Sabedoria da Incerteza foi finalista do Prémio PEN de Ensaio 2016. Com o livro Palimpsesto foi finalista do Prémio SPA 2017. Com A Rosa de Paracelso foi finalista do Grande Prémio de Literatura DST 2018. Em 2019, foi distinguido pelo Instituto Cultural Romeno com o título honorário Amicus Romaniae 2019. É professor de Estudos de Literatura, Arte e Cultura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador no Centro de Estudos Comparatistas, FLUL. 

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