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Edições da Guerra e Paz vão ser publicadas na China

Os direitos de publicação do ensaio Escravatura – Perguntas e Respostas, obra do historiador português, João Pedro Marques, especialista de renome mundial em história da escravatura, e da narrativa histórica O Príncipe do Congo, do escritor e historiador angolano Xavier Figueiredo, foram adquiridos por duas editoras chinesas. As obras foram já traduzidas e serão muito em breve distribuídas no mercado livreiro do gigante asiático.


Publicado em 2017 pela Guerra e Paz, Escravatura - Perguntas e Respostas inaugurou a colecção Livros Vermelhos da editora, que privilegia teses contra catecismos e o pensamento único. O livro conta, entre os seus muitos méritos, com o facto de ter aberto um debate. Baseando-se na mais recente investigação histórica, escrito com clareza meridiana, a obra rejeita visões culpabilizantes fundadas num ressentimento memorialista, construindo-se à volta de 24 questões sobre o tráfico de escravos, a escravidão e o envolvimento dos portugueses. Escravatura vai ser publicada pela editora Intellectual Property Publishing House, considerada uma editora de topo na China.

Já a narrativa histórica O Príncipe do Congo, foi editada em 2020, com a chancela da Guerra e Paz Editores. A obra, prefaciada pelo almirante António Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, descreve, numa envolvente narrativa histórica, o período conturbado que Angola atravessou com o fim do tráfico de escravos, tendo como fio condutor a vida de D. Nicolau, príncipe do Congo. A obra será publicada pela reputada Sichuan Literature & Art Publishing House, que recentemente publicou Os Lusíadas.

As duas obras que têm em comum não só os temas polémicos do colonialismo e da escravatura, como também apurada investigação e valor historiográfico. Partem, agora, em busca dos leitores chines. Esta aquisição representa um passo importante na internacionalização da Guerra e Paz e dos seus autores. A Guerra e Paz realça o extraordinário trabalho de apoio e mediação da Embaixada Portuguesa em Pequim, essencial para concretizar estes dois acordos de publicação.

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