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Tiago Pitta e Cunha é o Prémio Pessoa 2021

No valor de 60 mil euros, o Prémio Pessoa vai na 35.ª edição. Criado pelo semanário "Expresso", o galardão distingue anualmente um português que se destaque nas áreas cultural e científica. Em 2020, a premiada foi a cientista Elvira Fortunato.

Tiago Pitta e Cunha é presidente executivo da Fundação Oceano Azul. [Foto: Expresso]

 

Tiago Pitta e Cunha é o Prémio Pessoa 2021. O anúncio foi feito esta sexta-feira por Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri. O prémio no valor de 60 mil euros visa distinguir anualmente um português cujo trabalho se destaque nas áreas cultural e científica.

Depois de em 2020 o prémio ter distinguido a cientista Elvira Fortunato, surge agora a escolha de sobre o presidente executivo do Conselho de Administração da Fundação Oceano Azul.

Nas palavras dos jurados, “Tiago Pitta e Cunha é hoje uma das personalidades mais reconhecidas e relevantes - em Portugal, na Europa e no plano internacional – na luta pela necessária mudança de atitude das sociedades humanas em relação aos assuntos do Mar e dos Oceanos. A sua visão transformadora envolve as políticas públicas, mas também os valores éticos, as atitudes, os comportamentos que são gerados pela cultura, pela educação, pelas novas exigências de literacia científica, que a complexidade do nosso tempo nos exige”.

Pinto Balsemão destaca o empenho “vocacional” de Pitta e Cunha nos assuntos do Mar e dos Oceanos. Segundo o ex-primeiro-ministro, o premiado que já desempou “cargos nacionais e internacionais, nomeadamente na ONU, na Comissão Europeia e como Consultor do Presidente da República”, está à frente da Fundação Oceano Azul desde 2017.

“Rigor e persistente coerência de mais de duas décadas e meia dedicadas” ao mar são caraterísticas destacadas pelos jurados sobre a personalidade de Tiago Pitta e Cunha.

“Tiago Pitta e Cunha e a Fundação Oceano Azul têm impulsionado, a criação de alianças entre múltiplos interesses públicos e privados, traduzindo-se, em especial, mas não exclusivamente, na criação de vastas áreas de proteção dos ecossistemas marinhos, contrariando a tendência ainda dominante para a sua degradação”, refere Pinto Balsemão.

O presidente do júri deu como exemplos “a proposta, cientificamente fundamentada, de criação de uma Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário, o Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado; o alargamento da Área Marinha Protegida das Selvagens, a maior do género no Atlântico Norte; o anúncio, em 3 de dezembro, pelo Governo Regional dos Açores, do objetivo de criar, até 2023, uma vastíssima Área Marinha Protegida de 300 mil Km2”.

O júri deste ano do Prémio Pessoa foi presidido por Francisco Pinto Balsemão e composto pelo ex-presidente da Gulbenkian, Emílio Rui Vilar; a presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho; o sociólogo António Barreto, a jornalista Clara Ferreira Alves, o académico Diogo Lucena, o arquiteto Eduardo Souto de Moura, o museólogo José Luís Porfírio, a bióloga e cientista Maria Manuel Mota; Pedro Norton, administrador não executivo da Gulbenkian; Rui Magalhães Baião; o musicólogo Rui Vieira Nery e o académico Viriato Soromenho-Marques.

Devido à pandemia, o anúncio foi feito este ano, e pela segunda vez, de forma não presencial, através de uma gravação vídeo. Na última edição, o anúncio teve de ser adiado devido à pandemia, de dezembro para março de 2021, por isso este ano fica marcado pelo anúncio de dois prémios Pessoa.

Há 35 anos a distinguir os melhores portugueses

O Prémio Pessoa foi criado em 1987 por iniciativa do jornal "Expresso" e conta com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.

O galardão tem o valor de 60 mil euros e visa reconhecer a atividade de portugueses com papel significativo na vida cultural e científica do país. No último ano a vencedora foi a cientista Elvira Fortunado.

Ao longo dos anos, o Prémio Pessoa já distinguiu historiados, arquitetos, artistas plásticos, poetas, filósofos, médicos e cientistas.

A lista dos galardoados é composta pelos seguintes nomes:

1987 - José Mattoso

1988 - António Ramos Rosa

1989 - Maria João Pires

1990 - Menez

1991 - Cláudio Torres

1992 - António e Hanna Damásio

1993 - Fernando Gil

1994 - Herberto Helder

1995 - Vasco Graça Moura

1996 - João Lobo Antunes

1997 - José Cardoso Pires

1998 - Eduardo Souto de Moura

1999 - Manuel Alegre e José Manuel Rodrigues

2000 - Emanuel Nunes

2001 - João Bénard da Costa

2002 - Manuel Sobrinho Simões

2003 - José Joaquim Gomes Canotilho

2004 – Mário Cláudio

2005 – Luís Miguel Cintra

2006 – António Câmara

2007 – Irene Flunser Pimentel

2008 - João Luís Carrilho da Graça

2009 – D. Manuel Clemente

2010 – Maria do Carmo Fonseca

2011 – Eduardo Lourenço

2012 – Richard Zenith

2013 – Maria Manuel Mota

2014 – Henrique Leitão

2015 – Rui Chafes

2016 – Frederico Lourenço

2017 – Manuel Aires Mateus

2018 – Miguel Bastos Araújo

2019 – Tiago Rodrigues

2020 – Elvira Fortunato

 


por Maria João Costa, in Renascença | 17 de dezembro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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