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Mas desde quando é que há crocodilos no Natal?

O Canto Redondo alia-se ao Jornal do Fundão para trazer à realidade O Grande Avô Lafaek | Avó-Mane Boot Naran Lafaek, um livro bilingue, em português e tétum, de Carlos Canhoto (texto), Alice Luzia Alves (ilustração) e Marta Ferraz (tradução), prontinho a aquecer corações numa história em que um grande crocodilo chamado Tasi se atreveu muito a sonhar o seu Natal.


A edição impressa de O Grande Avô Lafaek | Avó-Mane Boot Naran Lafaek destina-se, sobretudo, ao universo escolar timorense, razão pela qual será oferecido às escolas de Timor.

O livro traduz, em português e em tétum, o poder da solidariedade. Como esta obra pretende, literalmente, atravessar o mundo, tal desígnio só pode ser realizado em conjunto e em etapas.

A primeira tiragem, a publicar em dezembro de 2021, aquecerá todos os corações que contactarem com a história de Tasi e com o seu admirável sonho de criança.

O resultado das vendas desta primeira fase será o impulso para a segunda tiragem, em junho de 2022, cujos exemplares serão oferecidos às escolas de Timor, permitindo a Tasi ir passar o Natal a casa.

A solidariedade impressa no livro sairá, assim, das suas páginas para reforçar os laços culturais que unem Portugal e Timor-Leste.

Tasi é um crocodilo que cresceu a ouvir contar histórias sobre a ilha que o viu nascer. As suas origens recuam a um mítico antepassado, um enorme e bondoso crocodilo que, por circunstâncias mágicas, ficaria para sempre ligado àquele território.

Cruzando o mito fundador de Timor-Leste com uma inesperada história de Natal, as aventuras narradas em O Grande Avô Lafaek conduzem-nos por uma terna e divertida demanda, em que o protagonista é encorajado a vencer o maior desafio da sua vida para poder cumprir um sonho antigo...

Germinada no solo fértil das lendas de Timor, esta obra reforça os laços de proximidade entre Portugal e a ilha do crocodilo, numa viagem em que o sagrado timorense, lulik, se entrelaça com a manifestação mais importante da fé cristã, o Natal.

Escrito em português e em tétum, línguas oficiais e profundamente ligadas à história de Timor-Leste, este pequeno conto abraça o bilinguismo para promover a criatividade, lançar pontes no imaginário e reforçar a memória linguística.

CARLOS CANHOTO
Alentejano de Pavia desde 1961. Passou as tardes da meninice com a sua avó Felicidade, a quem dedicou um dos seus mais emocionantes livros. No inverno, brincava à batalha naval na poça do Curral do Concelho, com barcos de folha de piteira. Na primavera, corria atrás dos pássaros à procura dos ninhos e espreitava as bogas que ao luar subiam os ribeiros para a desova. Hoje, vive num monte alentejano, é apicultor e cuida da sua horta e do pequeno pomar que ele mesmo plantou. Gosta muito de inventar histórias e de dar vida a fantoches e marionetas. Além do livro O monte secou, prémio Maria Rosa Colaço em 2007 (Almada), tem mais oito histórias para o ensino básico: Barbatanar nas cores do arco-íris (2006), integrado no Plano Nacional de Leitura; Pirá (2007), aconselhado pela Casa da Leitura da Gulbenkian; Anuro, o sapo sapinho, o sapo sapão (2014); Serei uma plantinha daninha? (2015); A minha avó Felicidade (2016); Pirilampo, o velho pescador de estrelas (2018); Zi, a abelha zonza (2019); e O baú mágico do meu pai (2020).

ALICE LUZIA ALVES
Nasceu em Lisboa no ano 2000. Licenciada em Escultura, na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, desenvolve, desde os dezasseis anos, trabalho fotográfico e performativo, usando o seu corpo como matéria e tela, e, paralelamente, edição de vídeo, imagem e som. Trabalhou como aderecista, figurinista e cenógrafa em diversas peças de teatro amador e foi figurinista de Shrek, o Musical, com encenação de Henrique Feist (Casino do Estoril). Colabora ativamente em projetos com outros artistas plásticos, designers e produtores independentes de teatro. No futuro, deseja desenvolver um espaço ligado às artes e levar a cabo iniciativas artísticas na sua localidade.

MARTA FERRAZ
Nasceu nos anos 80, na cidade portuguesa do fado. Cidadã do mundo, partilhou a infância entre o coração de África e Portugal. Formada em Educação Básica, aos vinte e três anos voou até Timor-Leste, terra do sol nascente, onde encontrou inúmeras aventuras da sua vida profissional. Foi formadora de professores do ensino básico e professora de Língua Portuguesa em várias instituições. Apaixonada pela educação e pela humanidade, desenvolveu estratégias e criou histórias e outros materiais lúdico-didáticos, aplicados agora ao ensino da Língua Portuguesa como língua não materna e ao ensino pré-escolar em Timor – recursos que também se têm revelado fecundos na interação com mulheres e crianças vítimas de abuso físico e sexual. Trabalha como revisora e tradutora de textos em língua portuguesa e em tétum. 

Mais informação sobre o projeto e pré-aquisição aqui.

Texto Carlos Canhoto
Ilustração Alice Luzia Alves
Tradução Marta Ferraz
Revisão Conceição Candeias, Alexandra Jesus
Edição Joana Morão, Conceição Candeias
Idioma português e tétum
Edição Canto Redondo & Jornal do Fundão
Chancela Germinário & JF Kids
1.ª tiragem dezembro 2021

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