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Lançado o primeiro manual de boas-práticas para agentes artísticos e culturais

Com a coordenação editorial de Bruno Costa e Daniel Vilar, este é o primeiro manual português de boas práticas de organização de eventos artísticos no espaço público, uma iniciativa da Bússola, integrada no projeto Outdoor Arts Portugal.


O “Manual de Boas Práticas para a Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público”, baseado na realidade nacional e orientado pela estratégia europeia e as tendências estéticas e dramatúrgicas atuais, pretende contribuir para o desenvolvimento setorial integrado das artes de rua em Portugal. 

O projeto foca uma componente de investigação histórica e de boas práticas, exposta em contraponto com o contexto legal e regulamentar nacional, através de estratégias colaborativas e transdisciplinares, envolvendo convidados com diferentes perfis e experiências no contexto da criação artística para o espaço público. 

Ao longo de 161 páginas, reúnem-se informações, opiniões, exemplos concretos, metodologias específicas e abordagens diferenciadas de contextos de criação artística distintos. O resultado é uma visão integrada e um resumo prático corporizados num manual indispensável para a capacitação dos profissionais do setor - artistas, produtores e promotores -, e de apoio à qualificação das propostas programáticas para o espaço público, ao desenvolvimento de projetos com diferenciação dramatúrgica e com ligação às comunidades. 

“Este manual é sobretudo um guia prático e inspiracional, construído com o propósito estratégico de elevar a qualidade conceptual e de produção de eventos artísticos no espaço público português. É importante que se observe a arte, e as artes de rua em particular, como uma ferramenta de desenvolvimento territorial, aproximando as comunidades da participação ativa, com reforço das vivências sociais e das competências democráticas”, explica Bruno Costa. 

“Acreditamos que esta publicação é importante para pensar o espaço público como um ponto de encontro entre gerações e comunidades, estimular um pensamento criativo nos gestores culturais, para que o espaço público seja opção de fazer cultura nos dias de hoje, e contribuir para o desenvolvimento do domínio artístico em Portugal, a longo prazo”, complementa Daniel Vilar. 

O “Manual de Boas Práticas para a Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público” é financiado pelo Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes e tem o apoio do ARTCENA - Centro Nacional das Artes do Circo, da Rua e do Teatro de França. 

A edição física (2.000 exemplares) será distribuída pelos agentes do setor, bibliotecas públicas e municípios nacionais, promovendo uma ação de sensibilização para as características especiais e distintivas deste domínio artístico.

A versão digital, livre e gratuita, está disponível no website www.outdoorarts.pt. 

Manual de Boas Práticas para a Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público
Coordenação: Bruno Costa e Daniel Vilar
Introdução e posicionamento: Stéphane Segreto-Aguilar
Contexto histórico e estado da arte: António Franco de Oliveira
Espaço público, comunidade e interligações: Luís Sousa Ferreira
Contexto legal e regulamentar: Alexandra Saraiva Fonseca

Desafios e perspetivas futuras: Jordi Duran i Roldós
Posfácio: Álvaro Domingues

Bruno Costa é doutorando em Estudos Culturais na Universidade de Aveiro e leciona “Parcerias, Redes e Internacionalização nas Indústrias Criativas” na Universidade Católica Portuguesa, onde realizou o mestrado em Gestão de Indústrias Criativas. É membro eleito do steering committee da Circostrada Network.

Daniel Vilar é gestor cultural e de marketing. É licenciado em Gestão de Marketing pelo IPAM. A sua formação complementar inclui cursos especializados de Gestão de Eventos (Turismo de Portugal) e Gestão de Projeto, contando ainda com participação em conferências nas áreas de estratégia, inovação, marketing e turismo. 

Stéphane Segreto-Aguilar é responsável de relações internacionais do ARTCENA - Centro Nacional das Artes do Circo, da Rua e do Teatro de França e coordenador da CIRCOSTRADA, a rede europeia de circo contemporâneo e artes de rua. É mestre em Gestão Artística e Políticas Culturais Europeias. 

António Franco de Oliveira é codiretor da Companhia RADAR 360°. É um artista multidisciplinar. Trabalha nos domínios do teatro físico, artes do circo e música eletroacústica. Divide o seu trabalho pelas áreas da encenação, interpretação e pedagogia. Colabora regularmente como formador e encenador nas escolas artísticas em Portugal e no estrangeiro. 

Luís Sousa Ferreira é diretor do 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, consultor artístico e de comunicação da Braga’27 – Candidatura à Capital Europeia da Cultura 2027. É docente na ESAD das Caldas da Rainha. É diretor artístico do projeto Aldear, na região do Tâmega e Sousa e fundador e diretor artístico do BONS SONS, festival comunitário de música portuguesa, em Cem Soldos – Tomar. 

Alexandra Saraiva Fonseca é advogada. Fundadora da ConsulArte, presta serviços de assessoria legal e fiscal especializada para o setor cultural e criativo. 

Jordi Duran i Roldós é docente da licenciatura em Artes Performativas na ERAM (Universidade de Girona) e diretor do Festival Z. Foi diretor artístico da FiraTàrrega (2011-2018) e codiretor do mestrado em Criação Artística para o Espaço Público da Universidade de Lleida, em parceria com a FiraTàrrega (2013-2017). 

Álvaro Domingues é geógrafo e professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde também é investigador no CEAU - Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo.

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