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"Porque é infinito" estreia no Porto e nasce das palavras de "Romeu e Julieta"
O espetáculo adaptou a linguagem aos dias de hoje, revelando testemunhos sobre o que é afinal o amor, e criando em palco um “manual de instruções” sobre como aprender a curar-se de situações adversas quando se ama alguém.
“Porque é infinito”, de Victor Hugo Pontes, é um espetáculo que se estreia na quarta-feira no Teatro São João, Porto, inspirado no clássico de Shakespeare “Romeu e Julieta”, com 11 intérpretes a falar e dançar sobre o amor reinventado.
O ponto de partida do espetáculo “Porque é Infinito” são as palavras do Shakespeare, em “Romeu e Julieta”, reescritas por Joana Craveiro, “colocando 11 intérpretes em palco, na atualidade”, explicou aos jornalistas Victor Hugo Pontes, coreógrafo e diretor artístico desta ‘performance’, com estreia marcada para a próxima quarta-feira, dia 1 de dezembro, no Teatro Nacional São João, no Porto (TNSJ).
“Já te aconteceu? Já te aconteceu apaixonares-te? Já te aconteceu ficares com o coração despedaçado? Já te aconteceu tentares matar-te por amor? Já te aconteceu os teus pais obrigarem-te a fazer uma coisa que tu não querias? Perante os momentos que Shakespeare nos coloca na narrativa, eles como intérpretes de hoje em dia, que estão a interpretar estas personagens, colocam-se estas questões a eles mesmos”, explica Victor Hugo Pontes, à margem do ensaio para a imprensa.
As respostas dos intérpretes são “um jogo”.
“Pode ser verdade ou pode ser mentira tudo aquilo que ali vai acontecer. Não é biográfico, porque nem sempre eles estão a falar na primeira pessoa, porque estão a fazer teatro”, ressalva o diretor artístico.
“Porque é infinito” parte das palavras da tragédia amorosa “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, mas o espetáculo adaptou a linguagem aos dias de hoje, com termos como “old school” ou “swipe left”, “swipe right”, entre outros, revelando assim testemunhos sobre o que é afinal o amor, e criando em palco um “manual de instruções” sobre como aprender a curar-se de situações adversas quando se ama alguém.
Às palavras de Joana Craveiro une-se depois a linguagem corporal da dança onde os 11 intérpretes vão dançar ao som e ao ritmo da ação.
O ritmo das músicas e as coreografias especiais de Victor Hugo Pontes vão guiar o público por uma história de amor, onde vai haver beijos ardentes, consumação do amor e morte dos apaixonados. Tudo contando numa hora e meia de duração.
O espetáculo é para maiores de 12 anos, pode ser visto no TNSJ até ao próximo sábado, dia 4 de dezembro, às 19h00, e os ingressos variam entre 7,5 euros e os 16 euros.
por Lusa e Renascença | 30 de novembro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença