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O terramoto da pandemia na poesia de Pedro Mexia e música de Nuno Côrte-Real

Tremor é um disco inspirado do Terramoto de Lisboa de 1755, com poesia de Pedro Mexia e com música do compositor Nuno Côrte-Real que é apresentado dia 18 na Culturgest e dia 20 no Teatro Cine de Torres Vedras.

Foto: Jorge Carmona


É uma “viagem contemporânea”. É desta forma que o compositor Nuno Côrte-Real descreve o disco Tremor que apresenta dia 18 em concerto na Culturgest, em Lisboa. O álbum que partiu da poesia de Pedro Mexia tem como inspiração o terramoto de Lisboa de 1755.

“A ideia foi construir alguma coisa sobre a cidade de Lisboa. O Pedro [Mexia], no imaginário dele, pensou partir do acontecimento que mais mudou Lisboa e teve uma importância capital para a história da Europa e do mundo”, explica o compositor Nuno Côrte-Real em entrevista ao Ensaio Geral da Renascença.

Ao todo, são doze canções que têm protagonismo na voz da soprano Bárbara Barradas. Segundo Côrte-Real, o disco “tem uma presença vocal muito forte”. Além da voz da solista, há também “um quarteto vocal composto por Ariana Russo, Rita Tavares, Frederico Projeto e Rui Borras” que é acompanhado pelo Ensemble Darcos que Nuno Côrte-Real dirige.

Tremor que vai também ser apresentado no dia 20 no Teatro-Cine de Torres Vedras, olha para o terramoto que destruiu Lisboa, como ponto de partida. Segundo o compositor, o poeta Pedro Mexia partiu do acontecimento e fez uma “viagem e uma descoberta”.

“Isto é descobrir todos os terramotos que existem todos os dias, não só físicos, psíquicos ou emocionais”, refere Nuno Côrte-Real. “O terramoto aqui, é um pretexto para se falar da cidade, e nestes acontecimentos que mudam a vida das pessoas” acrescenta o maestro que remete para um olhar contemporâneo.

“Eu acho que nós vivemos um terramoto nestes dois últimos anos e ainda estamos a viver, que é o terramoto da pandemia, um terramoto num sentido figurativo”, aponta Nuno Côrte-Real que sublinha que este disco tem um olhar fresco e composições contemporâneas, evitando remeter para a musicalidade ou as palavras do ano do terramoto.


por Maria João Costa in Renascença | 18 de novembro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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