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Fotografias do arquivo pessoal de Manoel de Oliveira expostas na Gulbenkian

Depois do Porto, chega a Lisboa a exposição “Manoel de Oliveira Fotógrafo”. Até 17 de janeiro, no hall da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, poderá ver mais de uma centena de imagens que o realizador captou.

Retrato de Maria Isabel Carvalhais


São todas a preto e branco e estiveram guardadas durante anos no arquivo pessoal de Manoel de Oliveira. Mais de uma centena de fotografias captadas na primeira metade do século XX pelo realizador de ‘Aniki Bobó’ são agora reveladas numa exposição que abre sexta-feira ao público no hall da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.

Até 17 de janeiro do próximo ano, o visitante poderá apreciar o sentido fotográfico do mestre do cinema português. Em comunicado, a Gulbenkian indica que as fotografias foram “tiradas entre os finais da década de 30 e o início dos anos 1950”.

São 120 imagens inéditas, “parte delas corresponde a provas originais, outras a ampliações feitas a partir de negativos”, indica a fundação.

Tiradas com uma lente Leica, as fotografias abordam diferentes temáticas. Da paisagem, ao retrato, das naturezas mortas, a referências á sua cidade, o Porto, há de tudo um pouco.

“Além da preocupação estética”, explica a Gulbenkian, as fotografias “mostram a grande curiosidade do realizador pela fotografia e o seu interesse pelos fenómenos óticos”. Com curadoria de António Preto, a exposição que já esteve em Serralves mostra agora em Lisboa também imagens de circo, de saltimbancos e da aviação.

“A fotografia era, para o realizador, um instrumento de pesquisa formal e de experimentação, uma outra forma de construir a sua linguagem visual”, refere a instituição.

Há mesmo imagens que remetem para a sua cinematografia. Exemplo disso são três fotos, de 1952, tiradas a uma jovem defunta que Manoel de Oliveira foi chamado a fotografar, como era hábito na época.

Estas fotografias poderão fazer lembrar o filme “O estranho caso de Angelina”, que Manoel de Oliveira estreou no Festival de Cannes, em 2010. Segundo a Gulbenkian, há outro exemplo. É o caso das fotografias de circo tiradas no ano em que escreveu o guião “O Saltimbanco” (1944) ou as imagens de aviação, fotografadas entre 1937 e 1938, que se relacionam “com um projeto de documentário, até agora desconhecido, sobre os cursos de pilotagem do AeroClub do Porto”, diz a Gulbenkian.


por Maria João Costa in Renascença | 27 de outubro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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